No domingo, 20, a publicação divulgou uma entrevista com o ex-presidente, que assumiu sua responsabilidade na compra da refinaria de Pasadena pela estatal, mas também disse que “Dilma não pode fugir da responsabilidade dela, que era presidente do conselho”. A aquisição polêmica da refinaria gerou um custo final de US$ 1,2 bilhão à Petrobras.
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que o objetivo da CPI é “exatamente determinar, sem qualquer pré-julgamento, qual é a responsabilidade de cada um nesse caso da refinaria de Pasadena e em outros episódios envolvendo a Petrobras. A CPI não é uma demanda das oposições, como querem fazer crer alguns governistas, mas sim da sociedade brasileira”.
Já o deputado Beto Albuquerque (RS), líder do PSB na Câmara, disse que a entrevista de Gabrielli mostrou a necessidade de se fazer a CPI e que ficou claro que o ex-presidente da estatal “deu um puxão de orelhas” em Dilma. O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), concordou com Gabrielli em relação à participação de Dilma na aquisição. “Está muito claro que a então ministra Dilma Rousseff era responsável pela decisão da compra da refinaria”, afirmou.
A expectativa é que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, decida nesta terça-feira, 22, se o Congresso vai instalar uma CPI restrita à estatal, ou ampliada, que investigaria também o cartel dos trens em São Paulo e no Distrito Federal e obras no porto de Suape, em Pernambuco.
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