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Correios vão à Justiça pelo fim da greve que já atinge 15 estados

Os Correios informaram nesta quinta-feira (17) que a operação da empresa segue normal em todo o Brasil, tendo as agências abertas e os serviços disponíveis, com exceção dos serviços com hora marcada interestaduais. Na quarta-feira (16), a empresa ingressou com ação de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após não chegar a um acordo com Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que manteve a greve.

As reivindicações que emperraram as negociações, segundo José Gonçalves de Almeida, diretor da Fentect, são melhoria no plano de saúde, reajuste 12% e definição de novas contratações por concurso público. Além disso, a cetegoria pede R$ 300 de aumento linear para todos os funcionários, reajuste de R$ 40 no vale refeição.

Os Correios informaram que ofereceram aos trabalhadores reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016), o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário base inicial dos agentes de Correios (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo).

Levantamento da empresa, aponta que 90,69% do efetivo dos Correios está presente e trabalhando — o que corresponde a 108.185 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Nesses locais, o movimento está concentrado na área de distribuição — do total de 28.569 carteiros que deveriam trabalhar hoje nas localidades em que há paralisação, 9.750 não compareceram (34,13%).

Já a Fentect estima que 70 mil trabalhadores no País estejam em greve, movimento que ocorre em 15 Estados, além do Distrito Federal (AM, BA, SP, CE, MA, MG, MT, PA, PB, PI, RG, RJ, SC, TO e RR).

Nessas localidades, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, apoio de pessoal administrativo e realização de horas extras. "Caso haja necessidade, a empresa também pode promover mutirões para entrega nos fins de semana. Os serviços de hora marcada postados e entregues no mesmo Estado foram mantidos nas localidades em que não há paralisação", informaram em nota os Correios.

"Se a empresa diz que está tudo normal é só verificar se a correspondência está chegando", afirma Almeida, que destaca ainda um pedido da categoria, a de inversão do horário da entrega das cartas. "Queremos fazer as entregas na parte da manhã, para evitar pegar o sol mais forte do período da tarde. Mas isso está bem encaminhado, devmos conseguir até 2016."

A proposta da empresa inclui ainda manutenção do plano de saúde dos trabalhadores da forma como é hoje e reajuste de 9,56% nos benefícios vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto de 2015, entre outros pontos.

Segundo os Correios, a remuneração (salário mais adicionais) de um carteiro com dois anos de empresa hoje é de R$ 1.676.34. Pela proposta do TST, em agosto de 2016 esse trabalhador teria remuneração 15,74% maior (R$ 1.940,34). 

Consumidor deve ficar atento com as contas atrasadas:

O Procon-SP alerta o consumidor em caso de problemas com envios e recebimentos de encomendas. Confira as orientações do órgão:

– O consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e estes não foram prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça.

– Em casos de ter adquirido produtos de empresas que fazem a entrega pelos Correios, essas são responsáveis por encontrar outra forma para que os produtos sejam entregues ao consumidor no prazo contratado.

– Empresas que enviam cobrança por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, como internet, sede da empresa, depósito bancário, entre outras.

– Não receber a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança, que saiba ser devedor, não isenta o consumidor de efetuar o pagamento. Se não receber boletos bancários e faturas, por conta da greve, o consumidor deverá entrar em contato com a empresa credora, antes do vencimento, e solicitar outra opção de pagamento, a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos, negativação do nome no mercado ou ter cancelamentos de serviços.

Fonte: iG

Redação

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