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‘Copiloto parecia querer destruir o avião’, dizem autoridades

O procurador de Marselha afirmou que o copiloto alemão, Andreas Lubitz, do voo da Germanwings que caiu nos Alpes franceses se trancou na cabine do voo e voluntariamente fez o avião perder altitude até bater em uma rocha e se chocar contra uma montanha. Segundo o procurador Brice Robin parecia que ele "estava querendo destruir a aeronave".

De acordo com o procurador, as gravações de uma das caixas-pretas do voo revelaram que em determinado momento do voo o piloto deixou o cockpit do avião para ir ao banheiro. Naquele momento, o copiloto se trancou sozinho na cabine de comando.

O procurador disse que os sons da cabine mostram que o copiloto estava "vivo e respirando", que ele não disse nenhuma palavra, e que ele "parece ter derrubado o avião deliberadamente". Brice Robin disse que com os dados que a investigação tem até agora não se pode falar de suicídio. Ele confirmou tambem que o piloto era alemão.

O procurador destacou que a Torre de Controle de Marselha emitiu diversos comunicados para a aeronave e não recebeu nenhuma resposta. Ele disse que é possível ouvir os sensores do avião avisando que estava próximo demais do solo e que Lubitz não fazia nada além de acelerar o voo para baixo.

O copiloto, Andreas Loubitz, era alemão e não era suspeito de participar de qualquer organização terrorista. De acordo com as autoridades francesas, as autoridades judiciárias da Alemanha devem fornecer em breve mais informações.

O procurador afirmou também que era impossível obrigar o copiloto a abrir a porta pois o sistema de segurança em vigência desde o 11 de setembro deixa a quem estiver dentro da cabine a responsabilidade pela abertura da porta blindada. O sistema se destina a prevenir um ataque terrorista.

De acordo com o procurador, os passageiros só se deram conta da iminência do choque poucos instantes antes da queda, já que só é possível ouvir gritos na aeronave pouco antes do impacto.

Lufthansa

O CEO da empresa aérea Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou que o copiloto passou por exames psicológicos e não tinha nenhum problema que o impedisse de comandar um avião. "Ele estava 100% apto a voar. As performances de voo eram perfeitas."

Segundo ele, a seleção da empresa tem ênfase na capacidade técnica e psicológica dos candidatos de comandar um avião. 

Durante a coletiva de imprensa, o presidente da Lufthansa afirmou que a companhia arcará com suas responsabilidades e ajudará as família financeiramente, mas não precisou o montante da indenização.

Fonte: iG

Redação

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