Esses valores resultaram diretamente no valor total da Copa no Brasil, que é considerada uma das mais caras das últimas três edições. As copas do mundo de Japão e Coreia (2002), Alemanha (2006) e África do Sul (2010) consumiram juntas, US$ 30 bilhões (US$ 16 bilhões, US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, respectivamente), enquanto o Brasil sozinho já soma o total de US$ 40 bilhões.
Além do ranking das que mais investiram, Mato Grosso também lidera a listas das sedes que estão com as obras mais atrasadas, sendo constantemente destaque nacional. Das 56 obras, apenas 19 ficaram prontas, sendo que nem todas foram entregue por completo, como é o caso do Viaduto da MT-040, que possui a parte inferior ainda interditada.
Mesmo com menos de 50% das obras entregues para a população, durante os quatro anos de obras, a Secopa autorizou R$ 126 milhões em aditivos em 17 obras. Contudo esse não é o valor final, pois os custos são calculados com base no sistema Geo-Obras do Tribunal de Contas do Estado (TCE), com isso o montante pode ser bem maior, pois a Secopa não costuma encaminhar o calor atualizado.
Com esse aditivo era possível terminar o Hospital Central do Estado, e ainda sobrariam R$ 6 milhões para outros investimentos.
Entre as obras de mobilidade que mais obtiveram aditivos está a Trincheira Jurumirim/Trabalhadores, que é a maior obra de mobilidade e a uma das mais atrasadas, já obteve 18,62% de aditivo. Só em aditivos da obra foram consumidos mais R$ 7,3 milhões aos R$ 39,345 milhões, que o consórcio Sobelltar-Secopa ofereceu na concorrência pública 007/2011.
Entre as obras que também não serão entregues, estão os Centros Oficiais de Treinamento (COTs). Apesar do investimento de R$ 42 milhões, os centros não serão usados por nenhuma das oito seleções que irão jogar em Cuiabá. Segundo a Secopa, no entanto, as seleções já haviam descartado treinar na Capital antes mesmo de saber que as obras dos COTs não ficariam prontas.
Além desses valores investidos, que não serão revertidos para o Mundial, ainda deve ser calculado o valor total que o Estado deve investir para manter todas essas estruturas.