Os ministros convocados são Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Manoel Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União).
Por se tratar de convite, a dirigente da Petrobras e o ministro da Saúde não serão obrigados a comparecer ao Legislativo. O prazo regimental para eles irem à Câmara é de até 30 dias.
Já os quatro ministros convocados pela Comissão de Fiscalização serão obrigados a ir à Câmara. Cada requerimento pede esclarecimentos das autoridades sobre diferentes assuntos.
Chioro, por exemplo, terá de dar detalhes sobre o programa federal Mais Médicos. Os parlamentares querem informações sobre o regime de contratação diferenciada de profissionais cubanos.
A presidente da Petrobras, por outro lado, terá de esclarecer denúncias de que funcionários da estatal teriam recebido suborno da empresa holandesa SBM Offshore.
Rebelião na base
Os convites aos integrantes do governo são mais uma reação do chamado “blocão”, grupo de parlamentares da base aliada insatisfeito com a relação com o Executivo.
Comandadas pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), sete legendas governistas mais o oposicionista Solidariedade se uniram para pressionar Dilma a negociar com o parlamento.
Os goveristas reclamam do não cumprimento de acordos quanto à liberação de recursos de emendas parlamentares, criticam a demora da presidente da República em concluir a reforma ministerial e se dizem excluídos das decisões políticas e dos lançamentos de programas federais.
Nesta terça-feira (11), em meio à crise entre o Planalto e a base aliada na Câmara, a maioria dos integrantes do chamado "blocão" derrotou o governo ao aprovar a criação de uma comissão externa de deputados para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras.
A reunião desta quarta da Comissão de Fiscalização, a primeira deliberativa do ano do colegiado, começou de forma polêmica. Dos 18 itens na pauta da comissão, 14 são de convite ou convocação de ministros e presidentes de instituições públicas para prestarem esclarecimentos aos deputados.
G1