Apesar de todo o problema na parte interna, pacientes necessitam do local por ser o único de referência para tratamento psiquiátrico em Mato Grosso, contudo as portas estão fechadas para essas pessoas que são obrigadas a procurar atendimento em postos de saúde e policlínicas que não têm suporte para casos de problema mental.
Como se não bastasse todo esse caos dentro e fora do hospital, os pacientes e funcionários enfrentaram na segunda-feira (24) a calamidade de ficarem sem energia por quase 24 horas, o que gerou pânico nos internos.
De acordo com relato dos funcionários, durante o dia muitos pacientes ficaram agitados por causa do calor e mosquitos no local, tendo que reforçar a atenção. E quando anoiteceu a situação ficou ainda pior, pois boa parte dos pacientes tem pânico de escuro, e mesmo com velas e lanternas o transtorno não foi amenizado.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Público da Saúde do Estado (Sisma), Alzita Ormond, a área de saúde psiquiátrica do Estado está sofrendo total abandono e descaso tanto com os funcionários como dos pacientes, e mesmo com denúncias a situação permanece no caos.
Entre os principais problemas enfrentados pelos usuários do hospital está a falta de medicamentos e produtos descartáveis. E ainda é apontado que a questão física é antiga e não suporta a carga de serviço no local, resultando assim na falta de água constante e agora a queima do gerador de energia.
“Já elaboramos diversos relatórios apontando os problemas, principalmente relacionados aos fornecedores do hospital que deixam de entregar os produtos básicos e sempre alegam que não estão recebendo, e em contrapartida a Secretaria de Saúde garante que está realizando o pagamento. Fica difícil então para o Sisma tratar dessa situação que se tornou um ‘jogo de empurra’ de responsabilidades”, diz Ormond.
Leia a matéria na íntegra!