Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O bloco liderado pelo PMDB- formado por 14 partidos e 218 deputados- terá o maior número de cargos na Mesa Diretora da Câmara e presidirá nove comissões temáticas. Com 58 parlamentares a mais que o bloco do PT, o grupo terá ainda prioridade na escola dos cargos de direção e dos colegiados que quer presidir.
Os partidos apresentaram neste domingo (1º) na Secretaria-Geral da Câmara os blocos que integrarão nesta legislatura. A aliança entre legendas determina a escolha de cargos e presidência de comissões. A distribuição é feita de forma proporcional à quantidade de deputados que possuem os blocos.
De acordo com a secretaria-geral da Câmara, o bloco do PMDB poderá escolher os dois primeiros dos 11 cargos da Mesa Diretora. Como posto de presidente da Casa é disputado por eleição, os mais cobiçados passam a ser a primeira-vice-presidência e a 1º secretaria, que cuida das finanças da Câmara. Com uma aliança com quatro partidos e um total de 160 parlamentares, o PT terá a terceira escolha de cargos da Mesa.
No total, o grupo do PMDB ficará com o comando de cinco cargos, o do PT, quatro, e o bloco liderado pelo PSDB, que tem 106 deputados, ficará com dois. A formação do bloco do PMDB foi articulada pelo líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), desafeto da presidente Dilma Rousseff.
Cunha disputa a presidência da Câmara com o candidato do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e os deputados Júlio Delgado (PSDB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ). O grupo de 14 legendas terá ainda prioridade na escolha das 22 comissões temáticas da Casa. Poderá selecionar antes dos demais grupos três colegiados que deseja presidir.
O mais cobiçado é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde passam todos os projetos de lei e propostas de emenda à Constituição. No total, o bloco do PMDB terá a presidência de nove comissões. Segunda maior força na Câmara, o grupo do PT presidirá sete e será o quarto a escolher qual grupo quer presidir. Já o bloco do PSDB, integrado por PPS, PV e PSB, presidirá cinco comissões e terá a nona escolha.
O PDT, que não formará bloco com qualquer outro partido, poderá presidir uma comissão. A legenda iria integrar o grupo do PT, mas perdeu o prazo para apresentar as assinaturas necessárias para integrar o bloco.
G1