Despesas das classes D e E com ensino são de 2,1% e 1,4% da renda, respectivamente (Foto: Divulgação/GCOM-MT)
A classe B é a que mais destina parte de seus rendimentos com educação na região metropolitana de São Paulo, na frente da faixa de renda mais alta (classe A), mostra uma pesquisa sobre o custo de vida na região divulgada pela Fecomercio-SP com exclusividade ao G1.
Segundo o levantamento, as famílias com renda entre R$ 7.324,34 e R$ 12.207,22 (classe B) gastam em média 17,4% do seu orçamento com educação. Já a classe A – que tem famílias com renda mensal acima de R$ 12.207,23 – aparecem em segundo, destinando cerca de 13,2% com estudos.
A classe C, por sua vez, direciona pouco mais de 10% de seus gastos com serviços para educação. Por outro lado, os lares com famílias da classe E (que têm renda abaixo de R$ 976,58) não ultrapassam 1,4% do seu orçamento com estes gastos. Já a classe D – com renda entre R$ 976,59 e R$ 1.464,87 destina cerca de 2,1% se seu orçamento para este tipo de gasto.
Desde o começo do ano até julho, o estudo mostra um aumento de preços de 7,33% nos cursos regulares, com maior avanço na educação infantil (12,67%), seguida do ensino fundamental (10,8%) e do ensino médio (10,64%). Na categoria cursos diversos, subiram mais os preparatórios (11,71%) e de idiomas (8,34%).
Custo de vida maior
Os preços dos serviços na região metropolitana de São Paulo subiram em média 4,10% entre janeiro e julho deste ano, segundo o levantamento da Fecomércio-SP, com base em dados do Índice de Preços dos Serviços (IPS), que integra com o Índice de Preços no Varejo (IPV) o Custo de Vida por Classe Social para a região.
Dos oito segmentos analistados, três deles, considerados de necessidade básica, tiveram alta real de preços (acima da inflação do período). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, acumulou alta de 4,96% entre janeiro e julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Saúde e cuidados pessoais (7,77%) foi o que mais subiu, seguido de Educação (7,10%) e Habitação (4,25%). Somados, eles têm peso de quase 50% no IPS.
Gastos com saúde
Nesta categoria, o levantamento da Fecomércio-SP também mostra um aumento do custo na região metropolitana de São Paulo acima de inflação do período. A categoria que mais subiu foi a de serviços laboratoriais e hospitalares (9,98%), seguida de planos de saúde (7,38%) e fisioterapeuta (6,44%).
As classes A e B são as que mais destinam seus rendimentos com saúde, desembolsando 13% e 15% do orçamento, respectivamente. A faixa intermediária de renda (classe C) gasta 10% de sua renda com serviços nesta categoria, diz o estudo. Já as classes E e D destinam 3,3% e 5,8%, respectivamente.
Fonte: G1