Opinião

Chuva do Caju

Quando D. Aquino Francisco Corrêa, na residência de seus pais, olha para os cajueiros carregados de flor que recendiam à beira rio, com o cheiro da flor do caju, volta os olhos ao céu, em silêncio, pedindo a Deus que mandasse uma chuva, e quando essa água benta caía os frutos já despontavam, a ponto de amadurecer em abundância. Naquela época, ele estava celebrando uma Santa Missa na antiga Catedral, que um dia foi a Matriz da nossa querida Cuiabá, e hoje Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, nesta hora no mês de agosto ele falou para os fiéis: “é a Chuva do Caju”. E essa fala é lembrada até hoje nos quatro costados da cuiabania. A primeira chuva de agosto cai como se fosse um bailado de água, dando luz às plantas frutíferas, principalmente a beleza dos nossos cajueiros poucos existentes no centro urbano da nossa querida Cuiabá. A fruta do caju é tão linda, as flores com um perfume inigualável, o doce de um sabor marcante. Só em Cuiabá vivemos essa maravilha da vida!

CAJUEIRO, FONTE DE INSPIRAÇÃO!

Na Cuiabá, fonte de inspiração das artes plásticas, musicalidade, poesia, sabor, beleza, artesanato, tudo surge através do eu espiritual de uma fruta que encanta pela sua beleza e sabor na nossa gastronomia: o nosso cajueiro. Inclusive, o pé de caju dá incentivo à vida, me lembro da profª Dunga Rodrigues na Festa de São Benedito, enrolando bolo de queijo, falava que não há uma fruta tão bonita e saborosa como o caju. A sempre lembrada primeira-dama do Estado D. Maria Lygia de Borges Garcia, numa entrevista a mim e à jornalista Martha Arruda, nos falou que amava o mês de agosto para sentir o perfume da flor dos cajueiros espalhados no centro urbano. Enquanto a ex-primeira-dama Isabel Campos incentivava o plantio de cajueiros nos quintais como fonte de renda e para amenizar a fome na alma cuiabana. Já para o saudoso João Sebastião Costa, era o caju uma fonte das artes plásticas, comentou-se numa roda que só o cajueiro dele dava frutos todos os anos. Cuiabá, conto de fatos!

CUIABÁ DA ELEGÂNCIA

Cuiabá é uma capital que sempre primou em bem vestir, as senhoras caprichavam nos modelitos para as diversas ocasiões, elas ofuscavam a todos pela classe, elegância e discrição. Lembre-se quem eram os colunistas da época: Jejé, Wanessa Komenta, Cesário de Almeida e Sherly OCampos, era difícil escolher nomes e sobrenomes para acrescentar nesta lista da elegância cuiabana. Dos elegantes salões dos clubes: Feminino, D. Bosco, Náutico, Cuiabá Tênis Clube, do Balneário Santa Rosa e da Boate Sayonara, a beleza cuiabana exalava o seu glamour e beleza. Senhoras que marcaram a tradicional sociedade cuiabana: Helena Candia de Figueiredo, Anna da Costa Pinheiro, Laís Granja de Souza Vieira, Noemia Affi Santos Costa, Helena Muller Abreu de Lima, Leyde da Costa Vuolo, Teté Eubanck Rica, Gilda Ricci Rabello Leite, Rita Generosa Muller Pereira, Naná Maciel, Lenir Couto, Carmelita Yonezwa, elas editavam moda e tendências nos grandes salões da tradicional sociedade cuiabana. Cuiabá continua sendo sempre a referência da elegância local!

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do