Os resultados deste trabalho foram apresentados no 247º Encontro da Sociedade Americana de Química realizado esta semana em Dallas e serão publicados na revista "Journal of Agricultural and Food Chemistry", afirmou à Agência EFE o diretor da pesquisa, John Finley.
Finley detalhou que quando os componentes do chocolate preto são absorvidos pelo corpo, eles "diminuem a inflamação do tecido cardiovascular e reduzem o risco de infarto em longo prazo".
Para realizar esta pesquisa, os cientistas simularam a digestão de cacau em pó presente no chocolate preto em um modelo de tratamento digestivo que criaram empregando diferentes tubos de ensaio. Em seguida, submeteram os materiais não digeridos à fermentação anaeróbica (sem oxigênio) usando bactérias humanas.
Segundo explicou Finley, o cacau em pó contém vários polifenóis e antioxidantes, como catequinas e epicatequinas, assim como fibra alimentícia, que são escassamente digeridas no estômago, mas que são absorvidos ao passar ao cólon.
"Em nosso estudo, descobrimos que a fibra é fermentada e que os polímeros polifenóis são metabolizados e se transformam em moléculas menores, mais fáceis de absorver. Estes polímeros menores exibem atividade anti-inflamatória", ressaltou Finley.
O diretor da pesquisa também afirmou que os benefícios para a saúde do chocolate preto podem ser acentuados se sua ingestão for combinada com a de alimentos prebióticos (carboidratos que se encontram, por exemplo, no alho ou em complementos alimentícios) ou de frutas.
Bem Estar/EFE