Apesar de toda a expectativa pelo conhecimento de como seriam formados os grupos da Copa Libertadores de 2017, toda a cerimônia desta quarta-feira foi pautada em cima de homenagens à Chapecoense. Em seu discurso de recepção, o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez fez questão de valorizar todos os atos de solidariedade diante da tragédia que matou 71 pessoas. “É uma noite de reconhecimento aos valores esportivos”, disse o dirigente.
Em seguida, um vídeo foi passado aos convidados para lembrar a campanha do clube catarinense na Copa Sul-Americana. Logo depois, o presidente da Chape, Plinio David De Nes Filho, recebeu o troféu pelo título conquistado perante a atitude do Atlético Nacional de Medellín de abrir mão de qualquer disputa.
“Um misto de tristeza e alegria invade nossos corações na noite de hoje. É muito difícil controlar as emoções, porque a nossa querida Chape, um time que há oito anos começou a se projetar de uma forma singela, mas com muita determinação em busca de objetivos maiores. Ao longo desses oito anos, essa equipe procurou sempre, com muito otimistomo, dedicação, determinação, e com muito amor a causa que defendemos, galgar posições ao longo do tempo”, comentou o mandatário da Chapecoense.
“Eu, nessa noite, gostaria de agradecer a todos, todas as noções, mas, me permitam que de uma forma muito especial, de uma forma muito carinhosa e agradecida, em nome do nosso chube, em nome de nossa cidade, eu gostaria de dividir o troféu que acabamos de receber, com aquele que nos deu essa posibilidade com um gesto de humanidade, respeito, dignidade e amor ao ser humano. Aqueles que receberam nossos heróis na sua última caminhada. Gostaria de chamar o Daniel (Jimenez, diretor de gestão humana do Atlético Nacional), para que comigo dividisse essa honraria que nós recebemos hoje, fruto do coração generoso do povo colombiano, em especial ao Atlético, que nos deu essa possibilidade”, concluiu Plinio David De Nes Filho, antes de vestir um cachecol da Chape em Daniel e, juntos, levantarem a taça da Copa Sul-Americana.
As homenagens seguiram com a lembrança dos 20 jornalistas que também faleceram depois da queda da aeronave Avro RJ85 da empresa Lamia e se encerraram com a entrega do prêmio de Fair Play ao Atlético Nacional, que também levou uma réplica da taça da Copa Libertadores da América, já que conquistou a última edição do torneio e, a partir de agora, ficará com uma réplica oficial sob seu domínio. O troféu original fica sempre com a Conmebol.
Outras homenagens
Apesar de todos os holofotes voltados para a Chapecoense e para o Atlético Nacional de Medellín, também foram homenageados durante a cerimônia na sede da Conmebol, no Paraguai, Horácio Cartes, presidente da federação paraguaia de futebol e mandatário do Libertad, além dos argentinos que foram condecorados pelo aniversário de 30 anos da conquista da Copa do Mundo de 1986.
Alejandro Guerra, meia venezuelano do Atlético Nacional de Medellín, também receberia um prêmio nesta quarta, mas não podê comparecer. O atleta foi eleito o melhor jogador da Copa Libertadores desse ano, que acabou com o título do clube colombiano. Para não passar em branco, Guerra gravou um vídeo de agradecimento que foi mostrado no telão a todos os convidados.
Fonte: Super Esportes