Cesta básica subiu em 13 das 27 capitais (Foto: Jorge Abreu/G1)
O custo da cesta básica subiu em 13 e caiu em 14 capitais em outubro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%). As baixas mais expressivas foram em Brasília (-5,44%), Teresina (-1,77%), Palmas (-1,76%) e Salvador (-1,66%).
Porto Alegre foi a capital que registrou o maior custo para a cesta básica (R$ 478,07), seguida de Florianópolis (R$ 475,32) e São Paulo (R$ 469,55). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 366,90) e Recife (R$ 373,66).
Entre janeiro e outubro, todas as cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram em Maceió (24,25%), Aracaju (23,69%), Rio Branco (21,99%) e Fortaleza (21,21%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília (9,58%), Curitiba (10,52%) e Macapá (10,99%).
Salário necessário
Em outubro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.016,27, ou 4,56 vezes o mínimo de R$ 880,00. Em setembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 4.013,08, o que também foi equivalente a 4,56 vezes o piso vigente.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 103 horas e 49 minutos. Em setembro, a jornada necessária foi calculada em 103 horas e 31 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, 51,29% para adquirir os mesmos produtos que, em setembro, demandavam 51,15%.
São Paulo
A cesta básica em São Paulo diminuiu em outubro -0,43% em relação a setembro e custou R$ 469,55 – a terceira capital mais cara entre as 27 pesquisadas pelo Dieese.
Entre setembro e outubro, seis produtos apresentaram queda de preço: feijão carioquinha (-10,51%), leite integral (-6,61%), batata (-3,96%), arroz branco agulhinha (-1,26%), manteiga (-0,77%) e açúcar (-0,34%). As reduções mais que compensaram os aumentos dos outros sete produtos: tomate (3,25%), carne bovina de primeira (2,40%), banana (2,34%), pão francês (1,37%), café em pó (1,24%), óleo de soja (0,90%) e farinha de trigo (0,38%).
O trabalhador paulistano, cuja remuneração equivale ao salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho, em outubro, de 117 horas e 23 minutos, menor que o tempo necessário em setembro, de 117 horas e 53 minutos.
Em outubro, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 58% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em setembro, o percentual exigido era de 58,25%.
Fonte: G1