Aos 51 anos, o capitão do tetra volta ao cargo após a saída de Luiz Felipe Scolari, que não teve o contrato renovado depois de a seleção ser goleada pela Alemanha por 7 a 1, na semifinal da Copa, dando fim ao sonho do hexa em casa. Dunga comandou o Brasil de 2006 até 2010 e dá continuidade à sequência de treinadores gaúchos na seleção, fato que começou com ele próprio há oito anos.
Em sua primeira passagem, Dunga foi anunciado como técnico da seleção logo após a Copa de 2006. Durante quatro anos, ele disputou 60 jogos com o time principal, obtendo 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas, com 76,7% de aproveitamento dos pontos.
Dunga teve um início de trabalho contestado e acumulou algumas polêmicas e desentendimentos com a imprensa, por causa de seu "pavio curto". As críticas foram amenizadas e a equipe ganhou confiança com o título da Copa América de 2007, na Venezuela, com vitória sobre a favorita Argentina na final.
A derrota na semifinal da Olímpíada de 2008, em Pequim, para os argentinos, fez Dunga balançar no comando e se irritar com especulações de que seria substituído por Vanderlei Luxemburgo. Na sequência, porém, a campanha consistente nas eliminatórias sul-americanas, em que o Brasil terminou em primeiro lugar, e o título da Copa das Confederações de 2009 deram mais tranquilidade ao treinador.
Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Dunga foi pressionado para convocar os garotos Neymar e Ganso, mas não cedeu. Na primeira fase, ganhou de Coreia do Norte e Costa do Marfim e empatou com Portugal. Depois, passou pelo Chile nas oitavas, mas foi eliminado nas quartas ao perder para a Holanda, por 2 a 1, e acabou demitido.
Depois do trabalho na seleção brasileira – que foi o seu primeiro como técnico -, Dunga teve apenas mais uma experiência. Assumiu o Internacional em 2013 e até ganhou os dois turnos do Campeonato Gaúcho, foi campeão, mas acabou deixando o cargo após pouco mais de oito meses e quatro derrotas seguidas no Brasileirão.
ESPN