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Carvão de florestas plantadas abastece siderúrgicas brasileiras

A indústria do aço estabeleceu  o compromisso de suprir 100% de sua demanda em 2016 de carvão vegetal e seus derivados por meio de florestas plantadas de acordo com as mais modernas práticas de manejo florestal. O documento Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal foi assinado em 2012 junto ao governo federal e já resulta em importantes avanços nas boas práticas ambientais do setor. 

O carvão exerce duas funções nas siderúrgicas. É combustível para aquecer os altos-fornos que fundem o minério de ferro e serve também como reagente no processo de extrair metal do minério para formar o ferro-gusa, a matéria-prima utilizada para a fabricação do aço. 

De acordo com o processo produtivo de cada siderúrgica, o carvão utilizado pode ser mineral ou vegetal, proveniente de florestas. Na origem da indústria siderúrgica mundial utilizava-se o extrativismo florestal para a obtenção do carvão vegetal. 

Hoje, as grandes siderúrgicas no Brasil obtêm a totalidade de seu carvão vegetal de florestas plantadas. É o chamado carvão verde. Em 2013, essas companhias possuíam uma base florestal voltada à produção de 542 mil hectares. 

A indústria brasileira do aço, porém, ainda convive com produtores independentes de ferro-gusa, que utilizam carvão vegetal proveniente de florestas nativas. 

O protocolo de sustentabilidade estabelece que as siderúrgicas só mantenham, a partir de 2016, acordos comerciais com fornecedores de carvão vegetal e gusa que adotem práticas legais e sustentáveis de manejo florestal e respeito aos direitos trabalhistas. Segundo o Instituto Aço Brasil, todas as siderúrgicas brasileiras já estabeleceram programas de qualificação de seus fornecedores para a obtenção desses objetivos. 

A ArcelorMittal produz seu ferro-gusa utilizando carvão vegetal e mineral. O fornecimento de carvão vegetal ocorre por meio de uma empresa do mesmo grupo, a BioFlorestas, que possui uma área de 100 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto para uso econômico e 40 mil hectares de preservação permanente e reserva legal. O manejo florestal segue os princípios do Conselho de Gestão Florestal (Forest Stewardship Council ou FSC).

Fonte: iG

Redação

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