Contudo, tudo parece indicar que os experimentos relacionados à criação de alimentos em laboratório estão avançando, pois, de acordo com o The Verge, pesquisadores da Universidade de Maastrich, dos Países Baixos, apresentaram o primeiro hambúrguer “cultivado” em laboratório a partir de células-tronco durante uma degustação pública em Londres.
O produto de aproximadamente 140 gramas está composto por 20 mil filamentos de proteína, obtidos a partir da cultura de células-tronco de bovinos, e a sua elaboração demorou três meses para ser finalizada. Este é o resultado de cinco anos de estudos financiados em grande parte por Sergey Brin, um dos fundadores da Google.
Uma vez o custo de produção seja reduzido, a carne sintética deverá passar por todos os controles que regulamentam os produtos alimentícios, e ser declarada apta para o consumo. De qualquer forma, os pesquisadores estão convencidos de que os alimentos desenvolvidos em laboratório podem ajudar a minimizar a eminente crise ambiental e na agricultura prevista por diversos especialistas.
Conforme explicaram os pesquisadores, existem inúmeras vantagens ecológicas nesse tipo de carne, já que a indústria pecuária é responsável por 20% das emissões de gases de efeito estufa no planeta, ultrapassando, inclusive, as emissões do setor de transporte. Os cientistas também mencionaram uma projeção das Nações Unidas, que prevê que até 2050 a demanda de carne no mundo deve dobrar.
Apesar de estar baseada em células obtidas a partir de tecidos animais, a produção em laboratório exige apenas 1% do espaço e 4% da água que a produção tradicional precisa, além de empregar 45% menos energia, resultar em uma redução na emissão de gases em 96% e dispensar o sacrifício de animais.
Fonte: Mega Curioso
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