Nesse período do ano, é a época mais chuvosa em que as represas deveriam estar sendo recarregadas para garantir o fornecimento de água na estiagem, que começa no mês de abril.
Composto por seis represas, que garantem 36 mil litros de água por segundo para a Região Metropolitana e para a região de Campinas, o Cantareira estabilizou de domingo (16) para segunda em 18,5% de sua capacidade, devido às chuvas do final de semana.
O cenário, no entanto, não reverte a criticidade vivida pelas cidades abastecidas pelo sistema, com 14 milhões de habitantes. O Cantareira atingiu esse ano seu pior nível para os meses de janeiro e fevereiro, desde que foi construído a partir de 1974.
Com a seca atípica de verão, desde o dia 18 de janeiro, as represas registravam quedas consecutivas nos níveis de reserva. Até essa segunda-feira, a chuva acumulada do mês foi de 47,7 mm, 23% da média esperada para todo mês (202,6 mm). Em janeiro, choveu 87,8 mm, quando a média do mês é de 259,9 mm.
O secretário-executivo do PCJ (Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba), Capivari e Jundiaí, Francisco Lahóz, explica, no entanto, que a chuva não foi suficiente.
— As tempestades de chuva dão a falsa sensação de que a situação está resolvida, os rios enchem rapidamente, mas também voltam a baixar rapidamente. Essa chuva não resolve o problema dos reservatórios.
Em Campinas, o aumento rápido da vazão do Atibaia levantou o lodo do fundo do rio e o tratamento teve que ser interrompido. Desde 2011, o nível dos reservatórios do Cantareira, abastecidos por rios da bacia dos rios PCJ, registra queda. Em 17 de fevereiro do ano passado ele estava com 56,2%, no mesmo dia de 2012 ele tinha 76,7% da capacidade e, em 2011, 87,8%.
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