Muitos criadores de ovelhas têm problema com onças em diferentes partes do país. Em cada lugar ela é conhecida de uma forma: onça parda, suçuarana ou leão baio, como é no Rio Grande do Sul.
O animal tem pelo castanho claro e é bem menor que a também temida onça pintada. Mesmo assim, um macho pode pesar até 70 quilos. É um bicho que pode ser encontrado por todo o país, mas hoje em dia, por conta do desmatamento, tem dificuldade para se alimentar de presas naturais, como queixadas e tatus. Por isso, se a onça encontra um rebanho dando sopa, os animais viram preza.
“Chegou a um ponto de ter oito ovelhas por dia. E cheguei ao ponto de ter no primeiro ano, 80 cordeiros”, explica Marcos Antonio Batista de Moraes, criador. O rebanho de Marcos fica em São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha. Depois dos ataques, que eram sempre à noite, ele passou a recolher as ovelhas para dormir em um galpão, todo fechado com tela e coberto, porque a onça pula alto.
A veterinária Marlise Germer explica que não tem solução milagrosa. É preciso trabalhar várias frentes. “No caso de ataques durante o dia, o galpão não vai ter muita utilidade. Aí o cachorro é a melhor opção para que ele tenha realmente a defesa do rebanho durante o dia”, orienta.
As raças ideais para a proteção são o Maremano e o Kuvasz, que se encontram com facilidade no Brasil. No entanto, eles precisam de treinamento para poder proteger.
“O cão pode afugentar diversos animais que ameaçam o rebanho. Até mesmo outros cachorros que acabam causando prejuízo, algumas aguiazinhas que às vezes matam cordeiros jovem também. E muitas vezes ele acaba afugentando e dificultando até no roubo de animais”, explica a veterinária.