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Brasileiro passa mais de quatro horas por dia em frente a TV

Historicamente conhecida como o meio de comunicação mais acessível e consumido pelos brasileiros, a televisão tem sido cada vez mais usada, de acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. A audiência aumentou 75% de março a dezembro deste ano. Na última edição, publicada em março, 65% das pessoas viam TV diariamente.

O aumento do hábito de assistir à televisão também foi demonstrado pelas horas em que o brasileiro permanece diante do aparelho: de segunda a sexta-feira, o período de entretenimento passou de 3h29 para 4h31, em média, enquanto nos finais de semana aumentou de 3h32 para 4h14.

A pesquisa procura demonstrar como o brasileiro se informa. Para isso, foram feitas 18.312 entrevistas em 848 municípios, entre os dias 5 e 22 de novembro.

A pesquisa fez a seguinte pergunta: Por que os brasileiros apertam o botão “ligar” da TV?. De acordo com o resultado, 79% dos entrevistados usam o veículo para se informar, 67%, como forma de entretenimento, 32%, quando estão com o tempo livre e 19% acompanham algum programa específico. Outro meio de comunicação bastante consumido nos lares brasileiros é o rádio, que também é ouvido preponderantemente em busca de informação (63%), diversão (62%), para passar o tempo (30%) e ouvir programa específico (14%).

O número de pessoas que utilizam o rádio sete dias por semana também aumentou: de 21% em março para 30%. O percentual que respondeu que não ouve rádio em nenhum dos dias da semana passou de 39% para 44%. Apesar disso, nos dias de hoje, dos dispositivos móveis, o velho radinho de pilha ou ligado na tomada ainda é o modo preferido pelos brasileiros de ouvir notícias: 80% usam aparelhos de rádio tradicional e só 8% ouvem rádio quando estão no carro. Esse é o mesmo percentual de quem escuta rádio pelo celular.

Se a média diária de tempo que os brasileiros passam assistindo à TV de segunda a sexta-feira é 4h31, os pernambucanos são os que mais contribuem para essa permanência: ficam 5h37 à frente do televisor, em média, exatamente duas horas a mais do que os amapaenses (3h37), que estão no outro extremo.

Por outro lado, a média de horas dos brasileiros que ouvem rádio é um pouco menor: 3h42 nos dias de semana, índice que também aumentou em relação à pesquisa anterior. Quem mora no Espírito Santo, porém, costuma usar esse meio de comunicação por 4h36 de segunda a sexta, enquanto os marahenses ouvem o rádio por menos tempo: 2h33.

Se o assunto é assistir à TV, quanto mais nova é a geração, menos frequente é o hábito. A pesquisa revela que 69% dos jovens entre 16 anos e 25 anos veem televisão todos os dias da semana, percentual que sobe para 71% na próxima faixa etária (26 anos a 35 anos) e salta para 78% entre quem tem idade acima de 65 anos. O costume de acordo com a idade se mantém quando o veículo é o rádio: 36% dos idosos escutam todos os dias, enquanto apenas 23% dos jovens, com até 25 anos, o fazem diariamente.

A confiabilidade da mídia também foi medida pela pesquisa. Os veículos impressos são os mais confiáveis, segundo os entrevistados. Quem “confia sempre” ou “muitas vezes” nesse tipo de informação representa 58% da amostra, seguidos dos que confiam nas notícias da TV (54%) e do rádio (52%).

No campo da mídia pública, a TV Brasil ainda não é conhecida por 68% dos brasileiros, enquanto 31% se lembram do canal. O percentual de desconhecimento aumentou desde a última pesquisa, já que 62% disseram, em março, não conhecer, “mesmo só de ouvir falar”. A mesma pergunta foi respondida positivamente por 37% dos entrevistados nas primeiras pesquisas.

Os veículos e programas estatais também foram analisados na pesquisa. A NBR, canal de TV oficial do governo federal, foi lembrada por 15% das pessoas, ante 23%. A Voz do Brasil, que vai ao ar diariamente na grade de quase todas as emissoras de rádio, é conhecida por 57% dos entrevistados, dos quais 63% disseram que nunca escutam o programa e 32% ouvem pelo menos uma vez por semana.

Fonte: Agência Brasil

Redação

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