O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), prestou depoimento ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta segunda-feira (14), a respeito do esquema de desvio de dinheiro e pagamento de propina envolvendo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Santos Treinamentos, da qual foi sócio por quatro anos. Ele negou participação no caso.
O depoimento foi prestado na sede do Gaeco e levou quase três horas. Ao sair, Botelho respondeu aos questionamentos da imprensa e afirmou que não tem participação no esquema fraudulento. Segundo o deputado, todas as perguntas dos promotores foram respondidas e documentações que haviam sido solicitadas também foram entregues.
“Não tem nenhum fato novo”, afirmou Botelho. “Sobre os cheques que saíram da minha conta, expliquei um por um dos cheques que foram repassados meu. Já foi esclarecido tudo para eles. A questão da minha entrada na empresa… Não tem nada de novo, além do que eu já havia falado antes. Eu não participei de nada, apenas entrei como investidor, não tinha gerência, não participei de nada”, completou.
Sobre o caso do desvio de dinheiro, o deputado Eduardo Botelho é investigado por ter sido sócio da Santos Treinamentos, empresa ligada à EIG Mercados. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o chefe do Legislativo teria se beneficiado de, pelo menos, R$3,4 milhões no esquema de propina com sua empresa, apontada como “de fachada”. Sobre a acusação, ele nega.
“A empresa não era de fachada. Isso eu garanto que não era”, rebateu. Botelho também negou conhecer o empresário Roque Anildo Reinheimer, que afirmou ter encontrado em uma única ocasião, quando já estava de saída.
Apesar de garantir que não tem envolvimento no caso, Botelho não negou que ser citado em investigações atrapalha na sua imagem política, principalmente no ano eleitoral. “Tudo que sai atrapalha. Isso é inegável”, avaliou.
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