Política

Botelho ganha tempo para pensar no que vai dizer ao Ministério Público Estadual

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), ganhou um tempo extra para prestar seu depoimento ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MPE). Isso porque a audiência que estava marcada para 14h desta sexta-feira (11) foi cancelada.

Segundo a assessoria, o cancelamento se deu em razão da agenda com compromissos da ALMT, sendo que nesta sexta o deputado se encontra no Rio Grande do Sul. Ainda conforme a assessoria, a nova data para o depoimento não foi agendada.

Ao menos Botelho ganhou mais tempo para resolver “pendências”, como, por exemplo, definir se vai enviar ou não requerimento de soltura do colega, o deputado estadual Mauro Savi, para ser votado no plenário da Casa. Savi, investigado por diversos crimes, foi preso nesta quarta-feira (9) na Operação Bônus, um desdobramento da Operação Bereré, deflagrada em fevereiro, que investiga desvios de recursos do Detran.

Na manhã desta sexta-feira, a Procuradoria-Geral da ALMT autorizou os deputados a votarem a soltura do colega. O fato é visto como manobra, considerando que o desembargador José Zuquim Nogueira, responsável pelo caso, proibiu a ALMT de fazê-lo, atendendo a pedido expresso pelo MPE.

O pedido adiantado do Ministério Público foi justamente para evitar que a Assembleia Legislativa adotasse a mesma postura (de revogar a prisão preventiva) que teve após a prisão do deputado Gilmar Fabris (PSD), em outubro de 2017.

Ao acatar o pedido, o desembargador considerou que, conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, os deputados estaduais não gozam dos mesmos direitos dos federais, o que tornaria a medida ilegal.

A operação

“Bônus” foi o nome dado a segunda fase da operação Bereré, deflagrada em fevereiro deste ano, como desdobramento de uma delação premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Doia. Segundo as investigações, na autarquia funcionava um esquema de desvio de dinheiro que teria causado rombo de R$27 milhões aos cofres públicos.

Nesta quarta-feira, além de Savi, também foram presos o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, seu irmão, o advogado Pedro Jorge Taques, e outros quatro empresários. 

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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