Foto: Marcelo Theobald
Ao recorrer a uma câmera de TV para criticar a CBF, Emerson Sheik fez a diretoria do Botafogo voltar-se para dois focos: enquanto o departamento jurídico rascunhava uma carta eximindo o clube da responsabilidade sobre a declaração do jogador, o presidente do clube, Mauricio Assumpção, convocava os dirigentes de futebol para uma reunião, com o objetivo de dar um basta às expulsões.
Na impossibilidade de multar Sheik, que tem o salário pago pelo Corinthians, a diretoria decidiu deixá-lo como protagonista solitário nas críticas à arbitragem. A CBF receberá uma carta na qual a diretoria do clube deixa claro que seu pensamento não condiz com o do jogador, que referiu-se à entidade como uma “vergonha”. A intenção é evitar o confronto com os árbitros e a própria diretoria da CBF e, de quebra, livrar-se de possíveis retaliações, logo quando o Botafogo, atolado na zona de rebaixamento, mais precisa de paz.
Para salvar seu filme, cada vez mais queimado com a CBF, a diretoria alvinegra exigirá que os jogadores evitem os cartões. Com cinco expulsões nos últimos quatro jogos do Campeonato Brasileiro (veja abaixo), o Botafogo vem de quatro derrotas seguidas na competição.
Como o time já viaja na manhã desta sexta-feira para Santa Catarina, a conversa com os jogadores será somente após a partida de sábado, contra o Criciúma, na reapresentação no Rio. Os jogadores serão alertados na ocasião para o excessivo número de expulsões que estão atrapalhando ainda mais a desastrosa campanha alvinegra no Brasileirão.
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