O juiz considerou improcedentes as denúncias contra o hoje senador Blairo Maggi (PR), então governador do Estado à época, e o ex-secretário Eder Moraes (Fazenda).
No episódio, ocorrido em 2009, foram desviados R$ 44 milhões, por meio de superfaturamento, na aquisição de 705 máquinas e equipamentos por meio do programa "MT 100% Equipado".
De Vito e Marchetti, mais as empresas que participaram do esquema (veja relação abaixo), terão que devolver os R$ 44 milhões aos cofres públicos, com as devidas correções monetárias.
Os dois ex-secretários terão que pagar uma multa de R$ 10 mil cada, além de terem seus direitos políticos suspensos por cinco anos.
Já as empresas deverão pagar multa de R$ 20 mil cada (com exceção da Extra Caminhões), além de não poderem contratar com órgãos públicos por cinco anos.
O juiz federal notificou o Estado, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco do Brasil a tomarem as medidas necessárias para reaver o dinheiro desviado.
Empresas
No total, o Estado gastou R$ 241 milhões na compra. Após denúncias de irregularidades, a Auditoria Geral do Estado detectou a existência do rombo no processo licitatório.
Na ação, que tramitou na Justiça Federal, além dos políticos citados, responderam como réus as empresas M. Diesel Caminhões e Ônibus Ltda., Iveco Latin America Ltda., Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda., Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda., Dymak Máquinas Rodoviárias Ltda., Tork-Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda., Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda., Banco do Brasil S/A, Rodobens Caminhões Cuiabá S/A e Extra Caminhões Ltda.
Ramon Monteagudo – Mídia News