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Ataque à UPA do Alemão em ato no Rio tem até batata crivada de pregos

 
As regiões amanheceram com carcaças dos ônibus queimados nos protestos nas ruras, mas as vias onde eles aconteceram – Avenida Itararé, no Alemão, e Avenida Chrisóstomo Pimentel Oliveira, em Costa Barros – liberadas. As manifestações – ambas violentas – começaram por motivos diferentes.
 
Na manhã de segunda-feira, três carros particulares foram atingidos por um incêndio nas proximidades da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), que fica na Avenida Itaóca, próximo ao no Conjunto de Favelas do Alemão. Segundo a CPP, os carros estavam parados em um estacionamento. O fogo começou em um Monza, que pertencia a um comerciante. O veículo incendiado de modelo Parati já estava abandonado há dias no local, de acordo com a Coordenadoria, e um terceiro veículo, de modelo Tucson, teria sofrido apenas danos superficiais.
 
Como esclareceu a Coordenadoria, não houve registro de protestos ou manifestações na região durante a manhã. Mas a Polícia Civil deve investigar se o ato teria relação com a morte da idosa Arlinda Bezerra de Assis, de 72 anos, na noite de domingo (27).
 
Confronto no Alemão
A assessoria das UPPs diz que houve confronto entre criminosos e policiais na Estrada do Itararé, no início da noite. Segundo a assessoria, um ônibus foi incendiado durante confronto que começou na própria Estrada do Itararé. Homens dos Batalhões de Choque  (BPChq) e de Operações Especiais (Bope) reforçaram o policiamento na região. Nas redes sociais, moradores do Conjunto de Favelas do Alemão contam que tiros foram ouvidos na  comunidade desde as 20h45, principalmente na comunidade de Nova Brasília, que possui uma base da Unidade de Polícia Pacificadora.
 
Durante o confronto, Carlos Alberto de Souza Marcolino, 21 anos, foi baleado no peito e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Na mesma noite, os manifestantes depredaram a UPA. Quatro ônibus foram incendiados na região: dois na Estrada do Itararé, um na Estrada Velha e um na Estrada do Timbó.
 
Adilson da Luz,  de 21 anos, foi preso suspeito de depredar, assim como Matheus da Silva Soares, de 18 anos. Dois menores também foram apreendidos pelo mesmo motivo.No Chapadão, os protestos aconteceram depois da morte de um adolescente de 17 anos. O 41º BPM (Irajá) fazia uma operação contra o roubo de carros na região durante a noite. A polícia divulgou diferentes versões para o dinâmica da morte do adolescente num confronto com os policiais: inicialmente que ele estava morto num carro roubado, e posteriormente, que ele trocou tiros com a polícia.
 
Cinco ônibus foram queimados por manifestantes do Chapadão, a maioria na comunidade conhecida como Job. De acordo com o 41º BPM (Irajá), durante o protesto dois homens foram presos ao tentarem atear fogo em um ônibus na entrada do Morro do Chapadão. Com eles foram apreendidos dois litros de combustível, uma pistola calibre 40 e uma submetralhadora 9mm. A dupla foi encaminhada para a 39ª DP (Pavuna).
 
G1

Redação

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