Dono diz que crise fez empresa fechar (Foto: Reprodução/ EPTV)
Um aposentado de Campinas (SP) pagou R$ 20 mil em um pacote de viagem, mas na véspera de embarcar, ele descobriu que a empresa não existia mais. Ele pretendia passar as festas de final de ano em outro país, tomou todos os cuidados antes de fechar o negócio e mesmo assim teve problemas.
O aposentado Luciano Paes Cruz planejava cruzar o continente asiático em um navio. Aos 85 anos, ele havia decidido que era hora de realizar o plano. Mas, na véspera do embarque, o sonho virou pesadelo.
"Foi uma frustração, numa viagem que eu sempre quis realizar, não sei se vou realizar isso no ano que vem, com a minha idade já avançada, né? Talvez eu tenha perdido essa oportunidade", lamenta.
Pacote dos sonhos
O aposentado conta que viu o pacote dos sonhos em um anúncio de jornal, mas para evitar problemas, resolveu ir até uma agência em Campinas.
A agência, então, revendeu o pacote anunciado por uma empresa de São Paulo para o aposentado.
No entanto, como a venda foi intermediada, o aposentado não perdeu o dinheiro, o prejuízo ficou com a agência.
A agente de viagens Camila Priess conta que fez a compra depois de verificar que não havia reclamações contra a empresa. Só descobriu que havia algo errado uma semana antes do embarque do cliente. "Eu não recebi o voucher. Liguei e desde então, eu não tenho mais contato. Mandei diversos emails e não tenho resposta. Os telefones estão desligados e o site está fora do ar", conta.
Culpa da crise
Na internet, o dono da agência de São Paulo respondeu que foi pego pela crise. "Fomos obrigados a encerrar nossas atividades", diz a nota.
A advogada Luciana Ladeira orienta quem foi prejudicado a tentar um acordo com a agência. Se isso não for possível, o caminho para conseguir de volta o que pagou, é a Justiça. "A melhor forma é juntar toda a documentação e entrar com uma ação de indenização de danos materiais e morais", explica.
E quem pagou com cheques pré-datados, segundo a especialista, não pode esquecer de fazer um boletim de ocorrência e cancelar os documentos no banco.
Fonte: G1