Cidades

Após dois anos de promessas, novo Terminal Atacadista deve ficar pronto em 60 dias

 
O novo local terá área total de 70,5 mil metros quadrados e conta com dois galpões de 6,4 mil m² que abrigarão 164 boxes. A reforma, que tem previsão de durar 60 dias, inclui a revitalização da estrutura metálica dos galpões; troca do telhado; confecção do piso e cobertura lateral no entorno das áreas de descarregamento; construção de banheiros; e adequação dos escritórios.
 
Todo o Terminal Atacadista terá a parte elétrica, hidráulica e esgotamento sanitário refeitos. O entorno será asfaltado, receberá calçadas novas, arborização e sistema de drenagem de águas pluviais.
 
“Esta é uma das nossas principais obrigações e estamos empenhados em concluir as obras dentro do prazo. Os atacadistas terão um local mais amplo e adequado para trabalhar”, avaliou o secretário municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Elias Alves de Andrade.
 
O novo local foi cedido pelo Governo de Mato Grosso pelos próximos 10 anos. O custo total da reforma e ampliação será de R$ 4,1 milhões.
 
A transferência do Terminal Atacadista foi um dos compromissos assumidos pelo prefeito Mauro Mendes junto à Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de 2014 (Secopa). Diversas outras ações estão sendo realizadas pelo Município para auxiliar a execução das obras do Mundial de Futebol.
 
Na área onde os distribuidores de hortifrutigranjeiros estão atualmente instalados, localizado no bairro Verdão, será construído um estacionamento com 500 vagas, que dará suporte durante a realização dos jogos.
 
Antes da transferência, a Prefeitura de Cuiabá irá recadastrar todos os comerciantes, que somente receberão a nova permissão após apresentar certidão negativa de débitos municipais. (Com Assessoria)
 
 
SITUAÇÃO ATUAL
 
Abandono, roubos e uso de drogas no Terminal Atacadista do Verdão
 
Rafaela Souza – Da Redação
 
Cerca de 250 permissionários que trabalham no Centro Atacadista do Verdão há mais 19 anos, cansados de esperar pela mudança de local proposta há quase dois anos para que a área seja transformada em estacionamento para os jogos da Copa 2014, já começam a deixar o local por conta própria.
 
Além dos prejuízos provocados pela dificuldade de acesso à feira por conta dos desvios das obras, o abandono também é resultado do aumento dos casos de assalto e consumo de drogas dentro e no entorno do centro de abastecimento. A consequência da falta de segurança junto com as obras da Arena Pantanal em torno da feira já levou a uma queda de mais de 50% das vendas no local. 
 
Um dos feirantes que trabalha no local mas que preferiu não ter o nome revelado disse que a questão da violência sempre foi um problema no local que só piora a cada ano. E por isso as prateleiras acabam ficando mais vazias, assim como os boxes, abandonados.
 
“Tenho medo de vir trabalhar e ver minha loja arrombada, como aconteceu com outros feirantes. Além disso, nos locais onde não existem mais pessoas trabalhando os ‘noiados’ ficam utilizando droga e até fazem o espaço de banheiro, deixando o local muito fedido”, disse o feirante.
 
Foto: Mary JurunaEm busca de soluções, Luciano de Souza, presidente Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista (Apetac), realizou uma reunião com representantes da Prefeitura de Cuiabá no dia 26 de fevereiro, e segundo ele ficou acordado que na primeira semana de março as obras no barracão do Distrito Industrial já teriam, início.
 
“Uma empreiteira será responsável por revitalizar o lugar com as condições minimas para uso em dois meses, e depois os feirantes que estiverem com os impostos em dia terão 15 dias para fazer a mudança. Depois desse prazo o governo vai começar a construção do estacionamento de qualquer maneira”, diz Luciano de Souza. Contudo, em nota a assessoria da prefeitura apenas confirmou que já iniciou a discussão sobre a reforma no novo local, mas que ainda não há definição da data do início dos trabalhos.
 
E mesmo quando a mudança for concretizada, a prefeitura permitirá apenas que os permissionários que estejam com os débitos em dia se desloquem para o novo espaço, pois de acordo com o próprio presidente do Apetac, a dívida dos feirantes com o Executivo chega a R$ 500 mil.
 
Em relação à violência o presidente da Apetac confirma que a situação é crítica e que várias medidas já foram tomadas, envolvendo desde pedir a colaboração da polícia até contratar segurança particular, porém o problema persiste. “Os policiais dizem que não podem acabar com os usuários de droga da região porque se trata de uma questão social. E quando tentamos implantar sergurança particular, também ficou complicado devido aos custos serem altos”, explica Souza.
 

Redação

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