Presa em julho deste ano por matar asfixiada sua filha de 3 anos em Rondonópolis (215 km ao Sul), a suplente de vereador Clélida Silva de Almeida já cumpre a sentença proferida pela Justiça em uma instituição psiquiátrica. A juíza Maria Mazarello reconheceu a insanidade mental de Clélida e a absolveu.
Clélida teria sofrido um surto quando atacou seus filhos. À época, uma amiga dela afirmou que ela era mãe amorosa e cuidadosa e que se tivesse recebido tratamento psicológico a tragédia não teria acontecido.
Em novembro, a 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Rondonópolis reconheceu que Clélida sofre de Psicose Não Orgânica Não Especificada, decidindo pela absolvição imprópria e determinando que fosse internada em uma instituição psiquiátrica pelo período mínimo de um ano.
A ação de Execução de Medidas Alternativas no Juízo Comum foi distribuída na última sexta-feira (16) à Quarta Vara Criminal de Rondonópolis, que executa a sentença. O processo trata sobre internação e pena restritiva de direitos.
O caso
O caso ocorreu na madrugada do dia 12 de julho de 2022. Pais militares foram chamados para atender a denúncia de que duas crianças estavam sendo agredidas pela mãe.
Quando chegaram ao endereço, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já estava no local. Os socorristas informaram a morte de uma menina de 3 anos, que foi asfixiada com um travesseiro. Um menor de 16 anos foi ferido e tinha um corte no pescoço.
O pai de Clélia informou aos policiais que a filha chegou à sua casa no sábado. Eles passaram os últimos dias no local e, na madrugada do dia 12, ele acordou e ouviu a filha discutindo com as crianças. Ele não pode averiguar do que se tratava porque precisava sair para um posto de saúde e a esposa ficou na casa.
A mãe de Clélida disse que ouviu as conversas e logo houve silêncio no quarto. Ela tentou entrar, mas a porta estava trancada. Então, chamou o filho, que mora na vizinhança, e eles conseguiram entrar no cômodo.
Eles encontraram a menina já com lábios roxos e o garoto ferido. Chamaram a polícia e o Samu, mas a criança já estava sem vida quando os agentes chegaram. A mulher foi algemada e levada para a delegacia da cidade.