De acordo com o professor de Geografia da unidade de ensino, José Douglas, cerca de 400 estudantes aderiram ao protesto para cobrar mais segurança na região da escola. "Os assaltos acontecem praticamente todos os dias na porta da escola. Eu mesmo já fui vítima de assaltantes, inclusive. No final do ano passado eu fui sequestrado por três indivíduos que invadiram o meu carro", contou o professor.
A estudante do 8º ano, Marcela Anyelle, 13, que estava presente no momento do assalto ao ônibus na terça-feira (19) disse que os assaltos são constantes. Segundo ela, os estudantes passaram por momentos complicados no momento do assalto. "A gente tava sentado, mexendo nos celulares, quando três homens com capacete entraram no ônibus. Achamos estranho, aí eles anunciaram o assalto. Eles ameaçaram a gente, agrediram uns meninos, e ficaram passando a mão nas meninas, inclusive em mim", afirmou a aluna.
Segundo o representante do conselho estudantil que esteve presente no protesto, Nickson Melo, a unidade não sofre só com a violência, mas com a falta de estrutura e de funcionários. Ele ainda afirma que os alunos têm medo de que os assaltante invadam a escola, por falta de policiamento
A reportagem do G1 tentou falar com o diretor da unidade de ensino, Edmilson Aureliano, mas ele não quis falar sobre o assunto. Os professores afirmaram que as atividades continuam na escola e que só devem paralisar caso a Secretaria de Educação do Estado não faça nada por eles.
O cabo Jonas, do Batalhão Escolar, afirmou que duas viaturas fazem a segurança das escolas da região, mas que a falta de policiais ajuda na insegurança na região. "Infelizmente nós ficamos de mãos atadas, o efetivo policial é pouco. Essa escola constantemente sofre com ocorrências, e os estudantes estão fazendo o que é de direito deles".
G1