O nome do deputado Alexandre Cesár (PT) foi confirmado como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar a suspeita de fraude e simulação de negócios na Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat). A decisão da composição da comissão foi dada na tarde desta quarta-feira (12), após reunião na Assembleia Legislativa.
A CPI criada após denuncia do deputado José Riva (PSD), terá a participação dos parlamentares: Hermínio Jota Barreto (PR), na vice-presidência, Emanuel Pinheiro (PR), como relator e Dilmar Dal Bosco (DEM), que irá atuar como relator adjunto.
A comissão vai apurar no âmbito da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), a suposta constituição de cooperativas de fachada com vistas a fraudar o fisco estadual, quando da aquisição de insumos e combustíveis, beneficiando indevidamente do diferencial de alíquota e dos benefícios fiscais concedidos às cooperativas.
O principal alvo da CPI será o empresário e “rei da soja”, Eraí Maggi, um dos sócios da Cooamat. Além dele outros sócios, como parentes e funcionários do Grupo Bom Futuro, também serão convocados a prestarem esclarecimentos.
Investigação
As investigações irão apurar se a cooperativa foi usada para operações fraudulentas que chegariam à R$ 500 milhões. De acordo com Riva, autor das denúncias, constam mais de 200 procedimentos e infrações na Secretaria de Fazenda (Sefaz).
A Cooamat foi a maior beneficiária das operações de Pepro de milho (espécie de subsídio) do Centro-Oeste em 2013, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no valor de R$ 40,5 milhões. Em segundo lugar, está o ex-prefeito de Primavera do Leste Getúlio Viana, com R$ 22,2 milhões. Eraí Maggi aparece em terceiro lugar, com R$ 18,4 milhões. Somente na sexta colocação aparece outra cooperativa, a Coop Merc Ind Prod Milho, com R$ 14,3 milhões.