Servidores do Sindicato dos Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen/MT) votam indicativo de greve em decorrência de acordo não cumprido pelo governo estadual que foi negociado na última paralisação da categoria, em junho deste ano. A deflagração será votada em assembleia geral nesta quinta-feira (15), às 15h.
Segundo presidente do sindicato, João Batista, não houve avanço em relação aos acordos firmados, como, por exemplo, a abertura de concurso público. Batista disse que a única informação repassada pelo governo é que a empresa responsável pelo certame já teria sido escolhida, mas nenhum nome foi divulgado.
"Não houve avanços concretos e os compromissos firmados na época com o Executivo foram ignorados. Nossa avaliação é que o serviço público está abandonado pelo governo. Já se fala em reforma administrativa com medidas que podem atingir diretamente ao trabalhador sem qualquer diálogo com os servidores”, disse.
Além do concurso, a categoria também discutirá a instalação da jornada voluntária, permissão para agentes em horário de folga trabalhar em cobertura de turnos ou em operações especiais, que resultaria em remuneração extra e contribuiria para amenizar a questão do escasso efetivo e a falta de equipamentos de segurança, como o escâner corporal, para fiscalização de visitantes nas unidades prisionais, além da compra de coletes balísticos, para uso dos servidores, também não houve avanços. O pregão para aquisição dos coletes deveria ter ocorrido nesta terça-feira (13).
Na greve geral deflagrada em 31 de maio por servidores estaduais, os agentes penitenciários tiveram paralisação de 33 dias, causando a suspensão de visitas a presidiários e a paralisação de outros serviços correspondentes à área. Os servidores reivindicavam o pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA), fixada em 11,28%.