Em entrevista a rádios de Alagoas, o presidenciável disse que a grande "disputa" na sessão desta quarta do Congresso Nacional conjunta da Câmara e do Senado será tentar assegurar a instalação de uma CPI mista de deputados e senadores para investigar a estatal do petróleo.
"Estamos nos preparando para mais uma guerra da CPI [da Petrobras]. Uma guerra que não acaba nunca", ressaltou durante entrevista à rádio Jovem Pan AM, de Maceió (AL).
Diante de uma série de denúncias recentes contra a Petrobras, a oposição protocolou dois pedidos de CPI no Legislativo: um exclusivo para o Senado e outro para uma comissão mista. A oposição, no entanto, insiste na criação de uma CPI mista, que integre senadores e deputados, mas o PT quer uma CPI exclusiva no Senado.
Segundo o senador do PSDB, a instalação da CPI não se trata de invenção dos partidos de oposição. Aécio disse defender uma CPI composta por senadores e deputados porque ajudaria que as investigações fossem mais ampliadas.
Nós vamos insistir para que as investigações no Congresso possam incorporar deputados. Quanto mais amplas as investigações, melhor. Essa vai ser a grande disputa de hoje à noite [garantir a CPI mista], destacou o tucano ao ser entrevistado na manhã desta quarta pela rádio Correio AM, de Maceió.
'CPI política’
O pré-candidato do PSDB foi indagado durante as entrevistas sobre se a instalação de uma CPI em ano eleitoral teria tom político. Nesta terça (6), durante jantar com jornalistas mulheres, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff disse não ter dúvida de que a proposta oposicionista tenha componente político.
Aécio, entretanto, alegou que o discurso do governo de que a CPI seria política não cola com a realidade".Mexeram muito no dinheiro da Petrobras. (…) Esse discurso de que a CPI é política não cola com a realidade. Nós não acordamos num dia querendo a CPI da Petrobras, enfatizou.
G1