Entre as testemunhas que estão sendo ouvidas pelo juiz Jeferson Schneider estão o ex-auditor do Estado, José Gonçalves Botelho, o atual auditor, José Alves Pereira e o ex-procurador do Estado, João Virgilio.
A defesa de Eder alegou que a presença dele nas oitivas é importante para ele auxiliar a defesa em eventuais perguntas.
“Estão sendo ouvidas pessoas que trabalharam com Eder, que conhecem os fatos ligados à denúncia e por isso é importante ele acompanhar as oitivas”, explicou o advogado Paulo Lessa.
Prisão
Eder Moraes está preso na sede da Polinter em Cuiabá, desde o dia 23 de julho.
Segundo o advogado Paulo Lessa, nesse período o ex-secretário recebeu a visita apenas de familiares e de seus advogados.
Lessa pontuou ainda que existem três habeas corpus pendentes, sendo um deles, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a preservação da prisão de Eder em Mato Grosso.
Entenda o Caso
Eder Moraes, o ex-secretário adjunto do Tesouro Estadual Vivaldo Lopes, o gerente do Bic Banco Luiz Carlos Cuzziol e Laura Tereza da Costa Dias – esposa de Eder – se tornaram réus em ação penal que tramita na 5ª Vara da Justiça Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro. A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) e aceita pelo juiz da 5º Vara, Jeferson Schneider.
Investigação da Polícia Federal aponta que a Brisa Consultoria e Assessoria, pertencente ao ex-secretário Vivaldo Lopes, teria sido beneficiada com R$ 520 mil, repassados pela Globo Fomento Mercantil e Amazônia Petróleo (de propriedade do empresário Júnior Mendonça), num suposto esquema de lavagem de dinheiro.
Ainda segundo a denúncia, o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes era o principal organizador do esquema. Entre fevereiro de 2008 e março de 2010, enquanto Eder estava à frente da Sefaz, Vivaldo era secretário-adjunto da pasta. Os empréstimos eram viabilizados via Bic Banco.
As transferências – de acordo com demonstrativo encaminhado à Justiça Federal – foram realizadas entre janeiro e março de 2010.