O presidente Michel Temer não admite nem falar no assunto substituição do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Seus interlocutores mais próximos avisam a quem vai visitá-lo com a intenção de tocar nesse tema que é melhor dar meia-volta. Padilha é um dos poucos amigos pessoais do presidente que restam no governo depois da saída de Geddel Vieira Lima e José Yunes. Mesmo envolto em uma série de denúncias, Temer prefere mantê-lo até o limite. Em conversas reservadas, já avalia que ter permitido a saída de Geddel foi um erro.
Temer tem dito a interlocutores que as cobranças para que demita seus ministros não vão cessar porque ele é o alvo. Nesse sentido, não é abrindo mão dos seus auxiliares que vai acalmar a crise política.
O núcleo do governo avalia que, se Temer ceder a pressões para trocar seus principais interlocutores, terminará isolado e sem condições de permanecer no cargo. Esse roteiro interessaria ao PSDB que poderia voltar ao poder com FHC escolhido em eleição indireta.
Fonte: Estadão