BRASÍLIA – Nas vésperas do encerramento do ano parlamentar e da votação da admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, quando partidos da base aliada já começam a ameaçar o calendário previsto pelo governo para deslanchar a tramitação da emenda, o presidente Michel Temer mandou liberar R$ 1,171 bilhão de emendas parlamentares destinadas ao Ministério da Saúde. O volume de recursos é referente às emendas impositivas, que o Planalto, de qualquer maneira, seria obrigado a liberar.
Na distribuição dos recursos, o PT, agora na oposição, foi o partido mais beneficiado, recebendo R$ 200,2 milhões, seguido pelo PMDB com R$ 112,9 milhões, o PSD com R$ 85 milhões, o PP com R$ 81,6 milhões, o PSDB com R$ 80,5 milhões, o PR com R$ 63,7 milhões e o DEM com R$ 39,4 milhões. O governo segurou o quanto pôde a liberação do dinheiro dada a dificuldade de caixa que está enfrentando e também porque não queria ajudar de imediato o PT, embora não tivesse como evitar o repasse, que é compulsório.
Também houve repasses para os senadores que votam, nesta terça-feira, 13, o segundo turno da PEC que limita os gastos públicos. No caso do Senado, o maior desembolso foi para o PMDB, que comanda a Casa: R$ 32 milhões. O PSDB, por sua vez, receberá R$ 29,7 milhões, o PT, R$ 22,3 milhões e o PP, R$ 20,3 milhões.
Do total de R$ 1,171 bilhão, R$ 293 milhões são para investimentos e R$ 878,3 milhões para custeio.
Fonte: Estadão