Após passar uma semana em Cancún, México, participando da 13ª Conferência das Partes (COP 13) sobre diversidade biológica, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) retornou ao Brasil nesta terça-feira (6) de Cancún, no México, e já participou de uma audiência com a diretoria da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) que solicitou apoio institucional e financeiro do Ministério para um projeto de genômica da raça.
A ideia é fazer um mapeamento genético dos zebus e, a partir desses dados, monitorar com precisão a variação genética dos bovinos.
Esse tipo de análise já é feito em países como Estados Unidos e Canadá já fizeram o mapeamento genético das raças angus e holandesa. De acordo com a ABCZ o estudo possibilitará aos produtores maior ganho genético e de produtividade dos rebanhos bovinos do país, além de avanços tecnológicos maiores.
O ministro Blairo Maggi garantiu o apoio institucional, mas disse que iria avaliar a forma de apoio financeiro. Ele exigiu, no entanto, que o banco de dados formado a partir desse mapeamento genético seja disponibilizado ao público. “Não podemos financiar um projeto que não seja público”, disse.
A ABCZ disse que o projeto iria beneficiar todos os produtores de zebu do país, sejam grandes, médios e pequenos. A Associação já tem um convênio com a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, além de ter a sua própria escola de nível superior onde oferece cursos como agronomia, zootecnologia e veterinária.
O Brasil é referência mundial em zebuinocultura. As primeiras importações da raça tiveram início em 1870. Atualmente, segundo dados da ABCZ, existem mais de 14 milhões de animais registrados.
Além da diretoria da ABCZ participaram da audiência no Ministério da Agricultura os deputados Marcos Montes (PSD-MG) e Adilton Sachetti (PSB-MT), além do senador Waldemir Moka (PMDB-MS).