Foto: Ahmad Jarrah
A Secretaria de Saúde de Cuiabá está implementando novos critérios para otimização, legalidade e segurança nos atendimentos prestados aos pacientes nas unidades de pronto atendimento. Para isso, duas cores novas serão inseridas: roxa e preta.
A roxa indica os pacientes prioritários, amparados pela Lei 10.048 de novembro de 2000, que são: os portadores de deficiências físicas, idosos com idade igual ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo. A de cor preta indicará os pacientes alérgicos.
Na classificação de risco que é utilizada hoje na rede publica de saúde de Cuiabá, com priorização identificada por cores – azul, verde, amarelo e vermelho, de acordo com o potencial de risco que o paciente apresenta -, são utilizados protocolos instituídos pelo Ministério da Saúde.
“O sistema de Acolhimento com Classificação de Risco é fundamental para organizar os processos de trabalho dentro da unidade de saúde e melhorar o atendimento ao usuário, além de ser um instrumento de humanização”, explicou a diretora da Atenção Secundária, Lileine Lúcia da Silva.
A intenção, segundo explicou a diretora de Atenção Secundária, é estruturar o serviço a fim de atender os usuários de forma mais qualificada e segura. “Com mais essas duas indicações, roxo, para os pacientes prioritários, e preto para os alérgicos, estamos tornando esse atendimento cada vez mais qualificado e eficiente”, salientou.
Para Karine Manfrin, membro da Equipe Técnica de Enfermagem, o objetivo além de organizar é padronizar o atendimento. “Estaremos evitando qualquer duvida em relação ao atendimento, considerando os casos prioritários e os pacientes alérgicos. As cores chamam a atenção da equipe de enfermagem antes de realizar qualquer medicação e evita que o médico realize a prescrição de medicamentos aos quais pacientes possam ser alérgicos”.
A técnica explicou ainda que a inclusão de mais duas cores não irá influenciar na classificação de risco, apenas servirá de identificação para a equipe no momento do atendimento. “Se, por exemplo, o paciente for classificado como amarelo e tem alergia, usará as duas pulseiras (amarela e preta). No caso de pacientes idosos, que forem classificados como verde por exemplo, portará a pulseira de cor verde e a de cor roxa, e terá prioridade sobre os demais pacientes de mesma classificação (verde), devido a idade”, disse ela.
Os usuários que estiverem com as pulseiras roxas (indicativa de atendimento prioritário) e pretas (indicativa de pacientes alérgicos), só deverão passar na frente dos outros pacientes se estiverem classificados como amarelo ou vermelho.
Todos os pacientes devem ser acolhidos
Para o usuário do SUS é importante saber que a classificação de risco é a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Esse processo inclui a escuta qualificada das queixas do usuário, tomada de decisão baseada no protocolo, capacidade de julgamento crítico e experiência por parte do enfermeiro.
O usuário que procura o serviço de urgência deve ser acolhido pelos funcionários da portaria ou recepção, encaminhado para confecção da ficha de atendimento e, logo após, acompanhado pelo acolhedor para o setor de Classificação de Risco, para ser classificado pelo enfermeiro, utilizando as informações da escuta qualificada, com a verificação dos dados vitais e a utilização do protocolo.
“Lembrando que nenhum paciente pode ser dispensado sem ser atendido, ou seja, acolhido, classificado e encaminhado de forma responsável a uma unidade de saúde de referencia”, salientou Lileine Lucia.
Classificação de Risco
Vermelha – Emergência
O paciente deve receber atendimento imediato, pois se trata um caso gravíssimo, com risco de morte eminente.
Amarela – Urgente
Caso grave e risco significativo de evoluir para morte. Nesses casos o paciente é encaminhado ao atendimento com prioridade.
Verde – Pouca urgência
O paciente deve ser encaminhado para consulta médica, já que a urgência é menor. E será reavaliado periodicamente, até o atendimento, Esses são os casos que devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde.
Azul – Não urgente
Casos para atendimento nas unidades de saúde mais próximas da residência do usuário, com horário marcado ou por hora de chegada. Normalmente são direcionados as UBS ou PSF’s, como queixas crônicas, e/ou agudas como resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem pontos, e outros.