A internet móvel, acessível, entre outros meios, pelos smartphones, alterou comportamentos e a forma de se relacionar das pessoas. Negócios, encontros amorosos, a comunicação com a família – sem esquecer o entretenimento -, são alguns exemplos do potencial de transformação disponibilizado por esses recursos. Mato Grosso, no entanto, ainda possui um longo caminho na cobertura da tecnologia 4G, essencial na era das redes sociais, pois apenas 18,8% de seus habitantes possuem acesso a ela.
Os dados fazem parte dos indicadores estaduais de tecnologia móvel e internet do Ministério das Comunicações (MC). De acordo com o levantamento, até abril de 2016, Mato Grosso possuía 607 mil acessos ao 4G – Fourth Generation, ou a quarta geração da telefonia móvel, que utiliza a tecnologia Long Term Evolution (LTE) e que pode ser até dez vezes mais rápida do que a 3G, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Elas, no entanto, utilizam antenas mais modernas, e por isso demandam novos investimentos.
A 3G ainda é a campeã no Estado no número de acessos. O mesmo estudo aponta que num universo de 3,2 milhões de habitantes, Mato Grosso contabilizou 2,4 milhões de acessos à tecnologia, cobertura que representa 76,5%. Em relação à telefonia, o Estado contabilizou mais acessos a dados móveis do que seu número de moradores, totalizando 3,9 milhões – 37% a mais do que o registrado em 2010, quando a acessibilidade por meio desse recurso somava 2,9 milhões.
Os domicílios no Estado que dispunham de telefonia fixa, no entanto, registraram queda na comparação com 2010, tendência que vem se consolidando com o advento da internet móvel de alta velocidade. De cada 100 casas em Mato Grosso, em torno de apenas 42 tinham esse tipo de recurso até abril de 2016 – 14% menos do que o registrado seis anos antes, onde metade das residências possuíam telefone fixo. Em toda a região Centro-Oeste, esse número cai para 9,1%.
O levantamento do Ministério das Comunicações aponta ainda uma explosão no número de clientes de Tv’s por assinatura. Enquanto em 2010 só 5,1% das casas possuíam essa alternativa de entretimento, em abril de 2016 mais de 20% delas haviam contratado esse serviço – totalizando 225.545 assinaturas.
