Economia

Maior parte dos empréstimos é feito para quitar dívidas

Os brasileiros endividados têm recorrido aos empréstimos de bancos e instituições financeiras para quitar as dívidas pendentes.  Segundo pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), 41,6% dos brasileiros que buscam dinheiro emprestado tem a intenção de quitar os débitos, como faturas do cartão de crédito, prestações de lojas e até mesmo outros empréstimos adquiridos no passado.

O levantamento mostra também que a segunda maior finalidade dos empréstimos visam pagar contas básicas, como aluguel, condomínio, luz, telefone e escola (15,1%). O resultado ainda mostra que há brasileiros pegando dinheiro no banco para comprar eletrodoméstico (8,7%), comprar móveis (7,5%) e realizar viagens (5,5%.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, afirma que o empréstimo “sempre foi visto como uma alternativa para a aquisição de bens de valores elevados”. No entanto, ela avalia que o estudo mostra que boa parte consumidores já o enxerga o empréstimo como um meio para resolver problemas financeiros.

— Se as dívidas saem do controle, pode ser conveniente trocar uma modalidade de crédito mais cara por outra mais barata. Porém, em todos os casos é necessário buscar orientação especializada para encontrar tarifas e juros compatíveis com a realidade financeira e a capacidade de pagamento.

A pesquisa indica ainda que mais de um terço (35,4%) dos consumidores brasileiros possui ao menos um tipo de empréstimo, seja ele com banco (31,3%), financeira (18,0%) ou na modalidade pessoal de consignado (25,5%), que é descontado diretamente da folha de pagamento. E a maioria desses consumidores diz acreditar que o empréstimo pode funcionar como solução para a falta de dinheiro.

Por outro lado, dois em cada dez entrevistados (19,3%) pensam o empréstimo como algo negativo. Marcela recomenta que o recurso seja sempre a última opção para consumidores endividados.

— Quando a pessoa precisa de uma nova dívida para resolver uma outra dívida mais antiga, algo está errado e mostra que as finanças do consumidor estão desequilibradas. Neste momento, é preciso rever hábitos e atitudes para controlar as finanças antes de partir para esse recurso.

Fonte: R7

Redação

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