O rompimento com a presidente Dilma Rousseff (PT) foi anunciado pelo PMBD nesta terça-feira (29). Após esta decisão, os seis ministros que o PMDB ainda tem no governo devem renunciar ao cargo, sob risco de punição se não o fizerem.
A moção que selou a saída do PMDB foi aprovada por aclamação, numa reunião que durou menos de cinco minutos em Brasília e que foi conduzida pelo senador Romero Jucá, um dos vice-presidentes do partido. Integrantes que participaram do encontro gritaram "Brasil pra frente, Temer presidente".
A decisão diminuiu as chances de a presidente conseguir impedir o seu impeachment. Se o afastamento de Dilma for aprovado pelo Congresso, o vice-presidente Michel Temer, do PMDB, assume a Presidência.
Temer não participou do encontro, bem como o presidente do Senado, Renan Calheiros, também do PMDB. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esteve presente. Ele disse que o partido demorou demais para tomar a decisão.
Nesta segunda-feira, o peemedebista Henrique Alves se antecipou à decisão do partido e anunciou sua renúncia ao Ministério do Turismo. Ainda estão com o PMDB os ministérios de Minas e Energia, da Saúde, da Agricultura, dos Portos, da Aviação Civil e da Ciência e Tecnologia.
Desde 1985, o PMDB participou de todos os governos e era um aliado do PT desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após o anúncio, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que a saída do PMDB significa o fim do governo Dilma. "É o último prego no caixão", disse.