Multidões abandonaram tudo em busca de um futuro melhor. Uma cena que não se via desde a Segunda Guerra.
Para fugir da fome e da destruição, eles caminharam centenas de quilômetros. Forçaram fronteiras e lutaram, desesperados, por um lugar nos trens para o norte da Europa.
A Hungria ergueu cercas e barrou a imigração. Foram poucos finais felizes no drama dos refugiados. Durante a fuga, um treinador sírio levou uma rasteira de uma cinegrafista húngara. Mas conseguiu emprego na Espanha.
No Mar Mediterrâneo, vidas à deriva. Lançados à própria sorte, muitos não conseguiram chegar a um porto seguro. Fracos, desidratados, alguns tiveram sorte. Encontraram a 'Corveta Barroso', o navio brasileiro que salvou imigrantes.
Mas foi a morte do pequeno Alan, em uma praia da Grécia, que mudou o destino de milhares de refugiados. A imagem correu e comoveu o mundo. Alan, o irmão e a mãe não resistiram à travessia de bote. O pai voltou para Kobane, na Síria.
Mais um pai tentou levar o filho para uma vida melhor na Europa, numa mala. Quantos conflitos, quantos motivos para largar tudo e fugir.
Síria, um país destruído por bombardeios. O ano de 2015 ficou marcado pela brutalidade.
Na Líbia, as vítimas do Estado Islâmico foram cristãos do Egito. Nem mesmo o patrimônio histórico mundial escapou da barbárie. Heranças de civilizações antigas foram dizimadas. Em segundos, 30 séculos foram pelos ares. Já, na Inglaterra, o mais antigo manuscrito do Alcorão foi exibido com admiração, tesouro de importância mundial para o patrimônio muçulmano.
Dia de pânico no museu da Tunísia e no resort de luxo. O terror fez vítimas no mundo árabe e também na África. No Quênia, um campus invadido teve 147 mortos.
Na Turquia, uma manifestação pela paz foi interrompida pelo maior atentado da história do país.
Nos Estados Unidos, quem poderia imaginar. Um casal atacou um centro social na Califórnia. Quatorze pessoas morreram durante a festa. E Obama confirmou: “foi mesmo terrorismo”.
Encerrando 2015 uma nova ofensiva internacional: pela primeira vez uma aliança de 34 países muçulmanos, liderada pela Arábia Saudita. E fronteiras cada vez mais fechadas para os refugiados que chegam na Europa.
Fonte: G1