Os bancos apresentaram nesta quarta-feira (21) uma nova proposta de reajuste salarial com o objetivo de chegar a um acordo para fim da greve dos bancários, que entrou no 16º dia.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a representação sindical dos bancos, informou que ofereceu "uma nova proposta de reajuste, de 8,75%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, com o objetivo de alcançar um acordo satisfatório a ambas as partes em negociação".
Procurada pelo G1, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ainda não se manifestou sobre a nova proposta.
Representantes dos bancos e dos grevistas realizam nesta quarta uma nova rodada de negociações, em São Paulo.
Esta é a terceira proposta apresentada pelos bancos. Na véspera, a Contraf informou que foi apresentada uma proposta dereajuste salarial de 7,5% e que a mesma foi rejeitada pela liderança do comando de greve.
Categoria pedia reajuste de 16%
A greve foi iniciada no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A proposta inicial apresentada pela Fenaban oferecia reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23.
Agências fechadas
Na terça-feira, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no país ficaram fechadas, segundo balanço da Contraf.
Os bancos não fazem levantamentos sobre o impacto da paralisação das agências, mas destacam que as instituições oferecem diversos canais alternativos para a realização de transações financeiras.
De acordo com a Febraban, os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.
Fonte: G1