Economia

Dólar opera em alta e chega a R$ 3,85 devido a incerteza política

O dólar opera em alta nesta terça-feira (13), refletindo a aversão ao risco nos mercados globais após números mistos sobre a economia chinesa, em meio a expectativas relacionadas a pedidos de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que torna o ambiente político ainda mais conturbado.

Às 11h48, a moeda norte-americana subia 1,86%, cotada a R$ 3,8286 para venda. Veja a cotação do dólar hoje. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,8524.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, subia 1,17%, a R$ 3,8031
Às 9h49, subia 1,21%, a R$ 3,8046
Às 10h09, subia 1,76%, a R$ 3,8251
Às 10h29, subia 2,24%, a R$ 3,8433
Às 11h18, subia 1,95%, a R$ 3,8322

"A semana passada foi bastante positiva nos mercados externos, mas o humor virou hoje com os dados da China", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que "a questão do impeachment vai ser o grande tema desta semana".

Uma queda mais forte nas importações da China, importante referência para investidores em mercados emergentes, em setembro deixou economistas divididos sobre a performance do setor comercial do país, apesar de as exportações terem caído menos que o esperado. Com isso, o dólar subia contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

Cenário doméstico
No Brasil, o cenário político conturbado também pressionava o câmbio. Segundo notícias veiculadas na imprensa brasileira, a oposição deve apresentar nesta terça-feira aditamento ao pedido de impeachment de Dilma para acrescentar argumento de que o governo manteve neste ano as chamadas pedaladas fiscais que levaram à reprovação das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Havia expectativa de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possa dar resposta sobre o pedido de abertura de um processo de impedimento nesta terça-feira, mas o cenário ainda era bastante turvo. Ainda mais após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de conceder liminar suspendendo decisões de Cunha sobre o impeachment levantadas por questões de ordem pela oposição.

"A semana começa quente em Brasília", resumiu o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Último pregão
Na sexta-feira, último pregão da moeda, o dólar terminou a sexta-feira vendido a R$ 3,7588, em baixa de 0,9%. Na semana passada, acumulou queda de 4,74%, maior baixa semanal desde o fim de 2011.

Este foi o menor valor de fechamento desde 1º de setembro, quando a moeda terminou o dia a R$ 3,688. Em outubro, há queda acumulada de 5,21% e no ano, valorização de 41,38%. Nas últimas nove sessões, o dólar desabou 8,53% sobre o real.

Fonte: G1

Redação

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