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Marrone, da dupla com Bruno, contrata motorista de Cristiano Araújo

O cantor Marrone, da dupla com Bruno, contratou o motorista de Cristiano Araújo, Ronaldo Miranda Ribeiro, 41 anos, para trabalhar como secretário particular. De acordo com a assessoria de imprensa do cantor, Ronaldo vai ter a função de acompanhar o sertanejo durante os compromissos pessoais e também durante as turnês.

O motorista foi denunciado pelo Ministério Público por duplo homicídio culposo do cantor Cristiano Araújo, 29 anos, e da namorada dele, Allana Moraes, de 19, já que dirigia o carro no momento do acidente que matou o casal.

A assessoria de imprensa de Marrone informou por telefone que Ronaldo Miranda se encaixa no perfil profissional procurado pelo sertanejo, pois é de Goiânia e já tem experiência com a dinâmica de viagens e eventos musicais. A contratação aconteceu há aproximadamente um mês.

Denúncia
Ronaldo Miranda foi denunciado pelo Ministério Público pela morte do cantor Cristiano Araújo e da namorada, Allana Moraes. O órgão afirma que o motorista trafegava na BR-153, por volta das 3h10, conduzindo o veículo do sertanejo de maneira imprudente, negligente e imperita, condutas que provocaram a morte do casal.

Segundo o promotor, Ronaldo estava em alta velocidade e ignorou as informações dadas pelo velocímetro. Além disso, utilizou uma roda diferente do modelo indicado pela montadora e que continha soldas grosseiras. Ao instalá-las no veículo, também não recolou os bicos de ar originais com sensores de pressão.

O órgão ainda ressalta que o motorista estava a 179.3 km/h quando perdeu a direção do veículo, que saiu da pista, entrou no canteiro central e capotou. Allana não usava cinto de segurança e, com o impacto, foi arremessada para fora do veículo e morreu na hora. Já Cristiano Araújo, que também estava sem o acessório, chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Acidente e investigação
O acidente que matou Cristiano Araújo e a namorada ocorreu por volta das 3h10 de 24 de junho, no Km 612,6 da BR-153, em Morrinhos, quando o sertanejo voltava para Goiânia após um show em Itumbiara, no sul do estado. Além do casal e do motorista, também estava no veículo o empresário Vitor Leonardo. Os dois últimos ficaram feridos, mas deixaram o hospital dias depois.

O condutor perdeu o controle do veículo 21 minutos após fazer uma parada em um posto de combustíveis, a cerca de 57 km do local do capotamento.

No inquérito que indiciou Ronaldo, há o depoimento de dez pessoas, pareceres técnicos elaborados pela concessionária da rodovia e da empresa do veiculo. Também foram considerados laudos de exame cadavérico, de local de acidente e complementares do Instituto de Criminalística de Goiás.

De acordo com a perícia realizada no ponto em que o carro saiu da pista, a via estava em boas condições. Por isso, segundo o perito criminal José Luiz Macedo, não havia fator na rodovia que pudesse contribuir para o capotamento.

Segundo o delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pela investigação policial, Ronaldo chorou ao prestar depoimento. O condutor negou ter feito o consumo de bebidas alcoólicas, o que foi comprovado em uma análise, e que estivesse falando ao celular ou dormido ao volante.

Porém, Ronaldo confessou que seguia acima da velocidade permitida na via, que é de 110 km/h. Um relatório técnico da Land Rover, fabricante da Range Rover, carro do cantor, aponta que o veículo estava a 179 km/h cinco segundos antes do acidente.

Segundo o delegado, o dado do relatório da Land Rover ficou registrado na "caixa preta" do veículo. As informações foram retiradas do módulo e enviadas para a Inglaterra, onde foram analisadas. De acordo com cálculo feito pelos peritos goianos, no momento em que capotou, o carro já havia desacelerado e estava a 120 km/h.

A troca das rodas originais do veículo por outras de marca indefinida também contribuíram para o acidente, segundo a investigação. O Range Rover Sport capotou após as soldas da roda traseira direita se romperem e cortarem o pneu, que saiu completamente da estrutura do automóvel.

Jacomelis disse que o motorista  foi negligente e imprudente: "Houve o crime de trânsito, ele agiu com negligência no momento que transitou com as rodas não originais, com danos, e imprudente por dirigir em excesso de velocidade". O delegado explicou que, apesar de saber dos riscos, o motorista não teve a intenção de matar o casal.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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