Cidades

Homem acusado de queimar ex com óleo e ácido é julgado hoje

Está marcado para as 13h30 desta quinta-feira (1º) o júri popular de Lauri Amado de Souza Nery, acusado de queimar a ex-companheira com ácido e óleo fervente no dia 28 de janeiro deste ano. Segundo a 1ª Vara Criminal de Joinville, no Norte de Santa Catarina, a vítima, que está há nove meses hospitalizada, não vai comparecer.

Sete jurados, sorteados no momento do julgamento, vão decidir se Nery é culpado ou inocente. Caso seja considerado culpado, caberá à juíza Karen Schubert, da 1ª Vara Criminal, determinar a pena e o regime.

Nery está preso desde fevereiro no Presídio de Joinville, e deverá ser escoltado até o fórum pouco antes do horário marcado para início do julgamento.
Segundo a 1ª Vara Criminal, apenas uma testemunha de acusação foi arrolada – a filha da vítima. Não deve haver testemunhas da defesa. Por conta disso, a previsão é de que o resultado do julgamento saia ainda nesta quinta.

Até esta quarta-feira (30), a vítima, Maria de Fátima Cecílio, seguia internada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal São José sem previsão de alta. Já são nove meses de hospital. Na semana passa, ela passou por mais um procedimento cirurgico. 

Término de relacionamento
O crime aconteceu um mês depois de Maria terminar o relacionamento com Lauri Amado de Souza Nery, no dia 28 de janeiro. Maria e a filha Camila estavam dormindo quando a casa teria sido invadida pelo homem.

"Ela berrava muito alto e eu saí correndo para ver o que era. Quando eu cheguei, ela estava com a mão no rosto, pedindo socorro", contou a filha na época.

Ex-companheiro foi preso
Nery foi preso preventivamente cinco dias depois por tentativa de homicídio, ameaça e lesão corporal. À polícia, ele alegou que ferveu o óleo para fritar uma massa e que o líquido acabou caindo na ex-companheira acidentalmente.

“Ele disse que jogaria esse material em cima dos cães da casa porque estava com raiva da companheira”, disse a delegada responsável pelo caso, Tânia Harada.

A perícia comprovou que, além de óleo, um ácido foi jogado sobre Maria de Fátima. “Ele entrou na casa já munido desse ácido, e realmente aqueceu a panela lá. Estava determinado a cometer um homicídio”, diz a delegada.

Filha socorreu a mãe
Foi Camila quem socorreu a mãe, e ela até hoje carrega as marcas de queimadura.

Antes uma mulher vaidosa, Maria de Fátima sequer pode mostrar o rosto hoje. “O olho esquerdo ela perdeu totalmente. Vamos colocar uma prótese mais adiante. No olho direito ela vai ter que fazer transplante de córnea”, contou a filha, em maio.

Os enxertos de pele não têm dado certo. Os rins de Maria pararam e ela precisou fazer hemodiálise. Também teve anemia – só se alimenta por sonda – e uma infecção. “É difícil, dá um aperto no coração porque a gente vê ela na cama e não tem o que fazer”, disse Camila.

Fonte: G1

Redação

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