Morreu nesta quinta-feira (17), no Rio de Janeiro, o diretor de televisão Carlos Manga, aos 87 anos. A informação foi confirmada pela Central Globo de Comunicação. A causa da morte não foi divulgada.
Manga fez carreira no cinema antes de se interessar por televisão e foi um dos principais diretores de cinema na época de ouro das chanchadas.
Na Globo, dirigiu "Anjo Mau", "Agosto" e "Memorial de Maria Moura", entre outras novelas e séries.
Filho do advogado Américo Rodrigues Manga e de Maria Isabel Aranha, José Carlos Aranha Manga nasceu em 6 de janeiro de 1928, no Rio de Janeiro. Começou a trabalhar como bancário, porém sua paixão pelo cinema logo o levaria para a indústria cinematográfica, através do cantor Cyll Farney.
Manga foi contra-regra, assistente de montagem, assistente de revelação e, finalmente, diretor. Seu nome artístico – Carlos Manga – foi sugerido pelo então presidente da companhia, Luiz Severiano Ribeiro Júnior.
O diretor morou na Itália onde trabalhou com Federico Fellini. Também foi diretor dos programas de auditório, como o Domingão do Faustão (1989), quanto seriados, como Sandy & Junior (1999) e Sítio do Picapau Amarelo (2001).
Carlos Manga deixa três filhos: Paula Manga, Carlos Manga Jr. e Maria Eduarda Manga.
"O grandioso Diretor Carlos Manga faleceu…Uma honra ter estreado na Tv, no seriado Sandy e Jr sob o comando dele como diretor de núcleo", disse a atriz Fernanda Paes Leme em sua conta no Twitter.
Homenagens
O diretor foi homenageado pelo autor Silvio de Abreu quando completou 50 anos de carreira, em 2006. Ele fez o papel dele mesmo na novela "Belíssima". Quatro anos mais tarde, participou como ator no seriado "Afinal, o que Querem as Mulheres?"
No seriado "Dercy de Verdade", Carlos Manga foi personagem. A homenagem ocorreu porque o diretor foi quem levou Dercy Gonçalves para a televisão. No especial ele foi interpretado pelo ator Danton Melo.
Em 2011, o cineasta foi homeanageado com uma estátua no Cine Odeon, no Centro do Rio. Manga foi à inauguração, no dia da premiação do Festival do Rio. Aplaudido de pé, posou para os fotógrafos ao lado da reprodução e também se emocionou ao se referir à nova geração brasileira de cineastas.
"Em uma noite que tantos diretores novos precisam vencer, torço por vocês todos. Continuem tentando, porque não há nada mais lindo no mundo do que você pegar uma criança, que é um filme, e fazê-la chorar, falar e ser aplaudida. É uma profissão maravilhosa", declarou.
Fonte: G1