Economia

Dólar opera em queda, cotado a R$ 3,83

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (16), acompanhando o movimento em outros mercados emergentes diante do avanço das bolsas da China, mas investidores adotavam cautela na véspera da reunião do Federal Reserve e com o cenário local conturbado. A expectativa é que o Fed volte a elevar a taxa de juros dos Estados Unidos, o que pode fazer subir a cotação do dólar por aqui.
Às 12h25, a moeda norte-americana caía 0,83%, cotada a R$ 3,8307.

Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h19, recuava 0,41%, a R$ 3,8467
Às 10h19, recuava 0,48%, a R$ 3,844.
Às 10h50, recuava 0,48%, a R$ 3,8437.
Às 11h29, caía 0,7%, a R$ 3,8352.

"Os ganhos das ações na China estão ajudando as moedas emergentes, mas o avanço é limitado pela cautela antes da reunião do Fomc", disse o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed.

As bolsas chinesas saltaram quase 5% nesta quarta-feira em meio a suspeitas de intervenção do governo, com uma enxurrada de compras logo antes de o mercado fechar ajudando a reverter muitas das perdas do começo da semana.

O movimento atenuou um pouco as preocupações com a desaceleração da economia da China, referência para investidores em mercados emergentes, que vêm pesando sobre o apetite por ativos derisco, como aqueles denominados em reais.

Mas o principal foco do mercado era a reunião do Fed, em meio a incertezas sobre a possibilidade de o banco central norte-americano promover a primeira alta de juros em quase uma década.

Embora a recuperação da maior economia do mundo venha dando sinais de força, as turbulências financeiras recentes nos mercados globais e a inflação persistentemente baixa nos EUA injetaram dúvidas no mercado.

Pesquisa da Reuters mostrou que uma maioria apertada prevê a manutenção dos juros norte-americanos nos atuais patamares, perto de zero. Na semana passada, a aposta ligeiramente majoritária era de aumento.

"O mercado está dividido, o que significa que a reação vai ser forte", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

No cenário local, a perspectiva de o governo enfrentar dificuldades para aprovar no Congresso medidas do pacote fiscal, além do cenário político conturbado, provocavam cautela.

Na véspera, partidos da oposição deram mais um passo em sua movimentação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e apresentaram uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele se posicione sobre os diversos procedimentos ligados a um eventual impeachment.

O Banco Central volta, nesta quarta, a rolar (trocar títulos que vão vencer por títulos novos) de swaps cambiais, operações que equivalem à venda futura de dólares – com isso, o BC mantém no mercado os dólares equivalentes a essas operações. Serão ofertados até 9,45 mil contratos.

Véspera
Na véspera, o dólar subiu 1,28%, cotado a R$ 3,8626, após a divulgação das medidas do governo federal divulgadas na segunda-feira, com investidores preocupados com a perspectiva de que partes relevantes das medidas fiscais anunciadas, como o retorno da CPMFx, podem enfrentar dificuldades de aprovação no Congresso.

O governo anunciou na véspera um pacote de medidas fiscais de R$ 65 bilhões, com o objetivo de garantir superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade da política fiscal. A principal proposta é a recriação da polêmica CPMF, imposto sobre operações financeiras, que deverá ter tramitação difícil no Congresso Nacional.

Na semana, a moeda acumula queda de 0,37%. No mês e no ano, há alta acumulada de 6,49% e 45,28%, respectivamente.

Fonte: G1

Redação

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