Cidades

Família de menino encontrado morto em freezer continua foragida

A mãe e o padrasto do menino Ezra, que foi encontrado morto dentro de um freezer na última sexta-feira (4) em um apartamento no Centro de São Paulo, continuam foragidos. Como nenhum familiar procurou o IML (Instituto Médico Legal) para liberar o corpo da criança, o delegado que investiga o caso prorrogou o prazo de reconhecimento de 3 dias para que o menino não seja enterrado como indigente.

O prédio fica na Rua Santo Amaro, na região central de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência, o menino teria aparentemente cinco anos e vivia com a mãe, o padrasto de 26 anos e duas irmãs.

Na loja de doces da família de origem sul-africana, dá para ver pelo vidro que sobrou pouca coisa. Os vizinhos disseram que o local foi arrombado e saqueado.

A Polícia Civil informa que a investigação está em andamento, com coleta de imagens, depoimentos, levantamento de informações com a Polícia Federal e com a Delegacia do Aeroporto, bem como de ligações telefônicas recentes. Além de consulta a empresas de ônibus intermunicipais e interestaduais.

Caso
A família era dona de uma bomboniere no térreo do edifício e morava no primeiro andar. Por volta das 18h40 de sexta, vizinhos ligaram para a polícia para verificar se havia algo estranho no apartamento.

O primo do padrasto do menino contou à polícia ter estranhado o fato de o vendedor de 26 anos deixar de abrir a bomboniere. Ele foi até o apartamento e, na porta, sentiu um cheiro muito forte.

O homem chamou o proprietário do imóvel e lá encontraram, no freezer, o corpo do menino enrolado em um lençol e em sacos plásticos, segundo o boletim de ocorrência.

Segundo o primo, o menino era filho da companheira do vendedor. Agentes da Polícia Técnico-Científica foram acionados para fazer perícia.

O Conselho Tutelar informou que Ezra foi atendido em junho de 2014 após receber denúncia que a criança apresentava sinais de espancamento. A mãe declarou, segundo o conselho, que batia "no intuito de educar, e não machucar".

O desembargador do tribunal de Justiça, Antônio Carlos Malheiros, disse que o menino foi acompanhado durante seis meses e depois devolvido à família após pedido da própria criança.

Fonte: G1

Redação

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