Cidades

‘Pareciam mortas’, diz testemunha que achou garotas após estupro

Uma das 19 testemunhas ouvidas nesta quarta-feira (24) no caso do estupro coletivo em Castelo do Piauí, o radialista Ronaldo Mota descreveu o momento em que achou as quatro garotas feridas no meio da mata. Segundo ele, a cena de terror jamais sairá da sua cabeça. "É uma cena que nunca vou esquecer. Quando avistei as meninas gritei: elas estão mortas. Pareciam que estavam mortas", disse ao chegar ao Fórum.

Ainda conforme Ronaldo, só depois ele percebeu que as meninas ainda respiravam e pediu socorro. O jovem relembrou o momento e disse que as garotas estavam irreconhecíveis devido os graves ferimentos. "Uma delas ainda conseguia falar e disse que se fingiu de morta porque temia a volta dos agressores", relatou.

A mãe de um dos menores de 17 anos também chegou ao Fórum para ser ouvida pelo juiz Leonardo Brasileiro. "Estou aqui para relatar o que eu sei", comentou ao chegar no local. A mulher conta que desde o dia do ocorrido não tem conseguido dormir e ressaltou que fez tudo para educar o filho.

"Infelizmente ele escolheu o caminho errado. Ele tem que pagar já que está devendo à Justiça", comentou. A mãe do adolescente conta que gostaria de pedir perdão às famílias das quatro meninas e afirmou que ninguém merece passar pela situação que elas passaram no fatídico dia 27 de maio.
"Neste momento o que tenho a dizer é pedir perdão à família das meninas, pois eu não gostaria que uma filha minha passasse por isso. Ninguém merece uma coisa dessas", desabafou a mãe.

Ao todo, 19 testemunhas serão ouvidas no Fórum de Castelo do Piauíx ao longo desta quarta-feira. Dois defensores públicos que atuam na defesa dos menores acompanham a audiência. Segundo o defensor Gerson Henrique da Silva, a presença se faz necessária porque existem divergências nos depoimentos dos adolescentes.

"O depoimento das testemunhas é acompanhado porque existem desavenças nas declarações dos menores, já que um deles afirma o envolvimento de todos e relata toda a história, enquanto os outros negam a participação", falou o defensor público.

Na primeira parte do processo, os quatro menores e Adão José da Silva Sousa, 40 anos, foram ouvidos. Eles são suspeitos de violentar e abusar sexualmente de quatro garotas e arremessá-las do alto de um penhasco com cerca de 10 metros de altura.

Uma das vítimas, Danielly Rodrigues, de 17 anos, morreu no dia 7. Ela teve esmagamento da face, lesões pelo pescoço e tórax e chegou a passar 10 dias internada, mas não resistiu às hemorragias.

Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público, que pediu pena de 151 anos para o adulto e aplicação de medida socioedutiva, no Centro Educacional Masculino (CEM), para os garotos. À polícia, Adão José da Silva Sousa negou participação no estupro coletivo.

Os menores estão apreendidos no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP) em Teresina. Já Adão está preso provisoriamente na Casa de Detenção de Altos, a 38 km da capital piauiense.

Fonte: G1

Redação

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