O Governo do Rio confirmou nesta segunda-feira (6) que as novas bases definitivas das UPPs serão construídas em regime emergencial, sem licitação. Segundo a nota do governo do Estado, a Assembleia Legislativa do Rio doou R$ 70 milhões para a construção, e haverá parcerias com a prefeitura.
“Nós vamos realizá-las e eu não posso ficar esperando a burocracia de ter título de propriedade ou se vai construir sem licença ambiental. Porque o traficante quando entra lá, ou miliciano, faz seu paiol, faz seu local para comercialização da droga e não pede licença pra ninguém. Então, o Estado vai entrar e vai estar presente dentro dessas comunidades fortemente. É determinação minha que a gente faça essas obras imediatamente”, afirmou o governador, que disse em nota que "se precisar responder a processo", responderá.
Segundo o governo, a Assembleia Legislativa do Rio doou R$ 70 milhões para construirmos as bases e o prefeito Eduardo Paes ajudará com a construção de pelo menos oito unidades.
O governador afirmou também que o treinamento dos PMs de UPPs já está mudando com a presença do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque nas comunidades.
“O secretário Beltrame, com o coronel Pinheiro Neto, já tinham mudado o treinamento dos policiais. Esses policiais vão ser treinados por 20 ou 30 dias, o tempo que eles precisarem. Essa questão nossa é prioridade”, disse Pezão, que descarta o pedido de ajuda às Forças Armadas novamente.
Segundo o governador, o caso Amarildo, com as manifestações de junho, foi um "divisor de águas". "A gente teve muito problema no questionamento da política de segurança pública. Então, a gente custou um pouco a se reerguer, das pessoas acreditarem de novo na polícia. As manifestações são legítimas, mas muitas dessas manifestações têm o tráfico de drogas por trás.”
RJ não tem 'cheque especial', diz
O governador também anunciou que vai começar a liberar orçamentos para saúde, educação e segurança pública na segunda quinzena deste mês. “O Governo do Estado não tem cheque especial, não vai gastar o que não arrecadar. Tenho a responsabilidade fiscal pra atender e quero trabalhar no zero a zero”, contou.
Fonte: G1