Política

Walace diz que fica e não teme cassação por suposto ‘Caixa 2’

Foto: Andréa Lobo

Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (30), no Palácio Júlio Domingos Fiote de Campos, em Várzea Grande, o prefeito do município, Walace Guimarâes (PMDB) afirmou não temer sua cassação caso seja julgado como culpado no processo que tramita na 58ª Zona Eleitoral de Várzea Grande, sob a responsabilidade do juiz José Leite Lindote, em que ele é acusado pela prática de ‘Caixa 2’ na campanha municipal de 2012.

A investigação partiu da denuncia do diretório municipal do partido Democratas (DEM), que em 2012 teve a esposa do ex-senador Jayme Campos, Isabel Campos, como principal adversária do peemedebista na disputa eleitoral.

Walace voltou a afirmar que a tentativa de tirá-lo da Prefeitura é uma ação de implantar um “Terceiro Turno” em Várzea Grande. Além disso, afirmou que seus adversários políticos propagam a “política do quanto pior, melhor”.

“Ganhei um mandato legitimo em uma eleição histórica, se querem tirar o mandato do Dr. Walace, venham daqui a dois anos disputar a eleição”, afirmou o gestor, que também garantiu não ter cogitado uma renuncia para evitar sua possível cassação, que o tornaria inelegível nas próximas eleições. 

Investigação

Walace é acusado de abuso de poder econômico e prática de caixa dois durante a campanha de 2012. O processo com a denúncia já está concluso, aguardando sentença do juiz José Leite Lindote.

Conforme relatório pericial realizado pela empresa Suporte Empresarial, a pedido do diretório municipal do DEM – anexada à ação de investigação eleitoral, após quebra de sigilo bancários do gestor autorizada pela Justiça Eleitoral, a estimativa em ‘Caixa 2’ movimentado pelo prefeito, durante sua campanha, chega a R$ 2 milhões.

Entre os pagamentos “suspeitos” estão a diferença entre os valores pagos e declarados de R$ 33,3 mil em combustíveis por meio da intermediação da empresa de propriedade do secretário de Finanças de Várzea Grande, que também foi um dos coordenadores de campanha do Walace, Mauro Sabatini Filho, e outros R$ 192,4 mil em material gráfico à empresa do ex-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Evandro Gustavo Pontes e Silva.

O relatório aponta também que Walace, e o vice Wiltinho Coelho (PR), usaram uma espécie de triangulação para forjar cerca de R$ 350 mil em doações que, na verdade, foram realizadas pelo irmão do peemedebista, Josias Guimarães.

O prefeito afirma que toda a investigação está baseada em inverdades. “Eles vão analisar agora e vão comprovar mais uma vez que não existe caixa dois”.

Vídeo

Nas últimas semanas a investigação que corre na Justiça Eleitoral acabou sendo divulgada através de um vídeo que circulou nas redes da internet. Walace voltou a afirmar que a produção audiovisual “não passa de perseguição política por parte dos adversários que ainda não se conformaram com a derrota nas urnas”.

Além disso, o peemedebista questionou um processo que corre em segredo de Justiça ser divulgado amplamente na rede de internet.

“Parecia uma brincadeira de véspera de eleição, querendo manipular a opinião pública, um vídeo totalmente sem nexo, mentiroso, que não condiz com a verdade. O que não dá é essas pessoas, de certa forma irresponsáveis, pegarem um processo que corre em segredo de justiça e fabricar um vídeo anônimo para denegrir a imagem de pessoas que nem foram doadores de campanha”, atacou Walace.

Reeleição

Questionado sobre sua gestão, considerada pífia pela população várzea-grandense, e a possibilidade de sua recandidatura a Prefeitura, Walace desconversou, se colocando como candidato natural, mas não confirmando se irá disputar o segundo mandato.

“Eu sou um candidato natural. Se tiver vontade de disputar uma reeleição, o partido me apoia. Eu posso estar bem ou desgastado politicamente. Se eu não tiver uma boa avaliação, vou analisar minha própria consciência e vou tomar a decisão na hora certa”, declarou. 

Walace rebate acusações de “Caixa 2” em campanha municipal

 

Redação

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