Cidades

Mercado aquecido, com economia ‘fria’

Mesmo em meio à crise que se alastrou pelo país, o consumidor imobiliário ainda pode respirar tranquilo em 2015. No entanto, só até este ano. Para profissionais da área, o momento é ideal para adquirir um imóvel novo, devido ao fato de o mercado ainda continuar aquecido. Mas os compradores devem se planejar o quanto antes. A previsão é que a demanda do produto diminua drasticamente em 2017, resultando também no aumento de valores.

Em um quadro de instabilidade no setor econômico, uma das formas mais seguras de se fazer investimento é comprando um imóvel. Embora a crise bata à porta da construção civil, os valores ainda foram mantidos pelas construtoras. Contudo, o fluxo tende a cair e, daqui a dois anos, a oferta estará apertada para quem quiser adquirir um novo imóvel.

O presidente do Sindicato das Empresas de Imóveis Residenciais (Secovi), Marco Pessoz, analisa que a oportunidade é boa, mesmo com a taxa de juros acima do acréscimo.

“Então, temos o lado da oportunidade que trabalha esta questão de segurança, nós temos um volume de oferta bastante alto, e que permite uma negociação muito boa por parte do comprador, que isso gera uma oportunidade de ganho mais a frente. O único fator desfavorável diz respeito à taxa de juros que está acima de um acréscimo”.

Em virtude de uma série de fatores que compõem a instabilidade financeira no mercado, Pessoz garantiu que os preços não irão cair daqui em diante. Ao contrário, a tendência é que tudo fique mais caro e com pouca oferta.

“Os preços não vão cair, não caíram e não estão caindo. A tendência são eles sofrerem acréscimos durante este ano e no ano que vem. O momento é de oportunidade. Quem está com a ideia de adquirir, este é o momento. Ele tem opções e tem condições de brigar por preço”.

O setor prevê que 2017 será um ano de maus negócios. Tudo isso porque o número de lançamentos vai cair quase 87% em relação a 2015. “Nós tínhamos uma média de 3 mil unidades ao ano sendo produzidas. Em 2014 tivemos 5 mil, 2015 deu 3,5 mil unidades para serem entregues. Em 2016 caiu para 2,5 mil e em 2017 temos um cálculo de 400 unidades somente. Há uma redução bastante grande de lançamento de produção”, disse o presidente.

Esta ‘queda’, além de ser resultante de um ‘freio de mão’ por parte das construtoras, também se trata de empresas que voltaram para a região de origem e problemas de logística na Capital, como o tratamento de água e esgoto.

“Com a falta de regulamentação da CAB, problemas com a prefeitura, entre outros, muitos projetos de empresas estão engavetados. E empresas nacionais que investiram em Mato Grosso, voltaram para a sua região. Então, totalizamos um volume bem menor de lançamentos somente com construtoras do Estado. E com a crise, na expectativa que o mercado previu, vai haver poucos lançamentos”.

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Noelisa Andreola

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